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sexta-feira, 5 de abril de 2019

NOTICIAS AO MINUTO: CONTINUA POLÊMICA SOBRE CASO DO ARROZ QUE A CHINA OFERECEU A GUINÉ-BISSAU

Photo de Bissau On-line.
Enquanto a polícia judiciária afirma que, o arroz que a China ofereceu ao povo guinense está a ser desviado por fins comerciais, o Ministério da Agricultura defende que o referido arroz não está em comercialização. Portanto, a polêmica continua e os guineense estão inqueitos em conhecer a verdade.
No passado dia 3 de Abril de 2019, a policia judiciária guineense apreendeu 1260 sacos de arroz de 50kg (correspondente a 52 toneladas), no armazém dum dirigente político, em Bafatá, zona leste da Guine-Bissau.
O inspetor da polícia judiciária, Fernando George, igualmente coordenador das Operações deste órgão da investigação criminal, disse a imprensa que, não há detenções, mas as autoridades policiais ja dispõem de pistas dos individuos implicados.
“Não queremos avançar o nome do proprietário do armazém, muito menos revelar nomes de pessoas que estão a ser investigados nesse âmbito, em respeito ao princípio de sigilo da justiça, garanto que a investigação continuará porque temos a informação que outra quantidade de arroz destinada à população guineense está armazenada para depois ser comercializada no período da campanha de castanha de cajú”, enfatizou.
Fernando Jorge advertiu que, neste momento, têm pistas de pessoas ligadas à rede de comercialização daquele arroz, razão pela qual a operação vai continuar até conseguirem fazer com que esse arroz seja revertido ao Estado e reencaminhado para o destino próprio que são as populações mais necessitados.
“Como todos nós acompanhamos pelos meios da comunicação social, o arroz veio para a Presidência da República. O Chefe de Estado guineense anunciou publicamente que o donativo seria destinado à população mais carenciada. Depois mandaram-se muitos sacos para o interior do país, mas alguns, infelizmente, estão a ter outro destino, ao ponto de estarem a ser comercializados”, lamentou
Por seu lado, o Ministro da Agricultura da Guiné-Bissau, Nicolau Dos Santos rucusa a afirmação da polícia judiciária sobre desvio de arroz e diz que, o referido armazém foi alugado pelo Governo, através do Ministério da gricultura, afim de estocar o arroz para depois proceder a sua destribuição na região de Bafatá.
"O Ministério da Agricultura tem um armazém em Bafatá, mas no don recebido, há fertilizantes (adúbu), portanto, não podemos estocar fertilizantes juntamente com o arroz, por isso alugamos este armazém", explicou.
Nicolau disse também que o arroz não está a ser comercializado.
"É bom salvaguardarmos aspectos da cooperação que temos com a China, nós sabemos que não está autorizada a venda do donativo da China. Estamos de acordo com o que a polícia judiciária está fazer, porque está no exercício das duas funções, mas quando houver suspeitas da comercialização do referido arroz, que faça favor de dirigir-se ao Ministério da Agricultura", disse Nicolau Dos Santos.
Nicolau disse ainda que, o donativo da China não foi recebido pelo Presidente da República, José Mario Vaz, como afirmou a polícia judiciária; mas sim, pelo Ministério da agricultura, na presença do Primeiro-ministro, Aristides Gomes e do representante do FAO no país.
"Como sabem, o don da China é um acto que ocorreu nas instalações do Ministério da Agricultura, concretamente na Direção Geral das Florestas, dia 26 de Março, incluindo não só o arroz, mas também, maquinas agrícolas, fertilizantes e outros pequenos materiais. (....) Contrariamente a afirmação da polícia judiciária, segundo a qual os materiais teriam sido recebidos pelo Presidente da República; mas quém os recebeu foi o Ministério da agricultura, na presença do Primeiro-ministro, Aristides Gomes, embaixador da China e utros parceiros, como FAO", desmentiu Nicolau.
Ministro da Agricultura, fez essas afirmações hoje, dia 4 de Abril de 2019, durante uma conferencia de imprensa, realizada em Bissau.
Ao terminar, o titular da pasta agricultura pediu a colaboração de todas as instituições do Estado.
"Pedimos a colaboração de todas as instituições do Estado, porque todos nós trabalhado pelo povo, portanto, seria bom trocarmos informações", concluiu Nicolau Dos Santos.
É de recordar que, o Delegado do Ministério da Agricultura em Bafatá, Tcherno Djaló, foi detido ontém, dia 2 de Abril, pela Polícia Judiciária (PJ), no âmbito do mesmo inquérito sobre o desvio do arroz.






Bissauonline

1 comentário:

  1. É muito normal que os homens da judiciária, tenham falhado no exercício das funções e falarem do arroz doado a população através da presidência. E o Ministro da agricultura reclamar ter recebido arroz e materiais agricolas doados pela china, na presença do primeiro Ministro. E ter armazenado, num armazém privado, porque o seu está ocupado de adubos. Mas quando já se procede a troca de sacos, claro que possa criar suspeita.
    Pensamos que até aqui, nem uma e nem outra instituição do Estado é culpada no que se está a investigar e esclarecer respectivamente, pois na Guiné cada pessoa tenta agir de modo anárquico. Quer dizer que o Ministro pode arrendar o armazém para stockar arroz, e alguém decidir o contrário, mandando de forma fraudulenta comecializar. Ou a polícia judiciária ter posse de informações que não justificam a comercialização e a procedência do arroz para o referido armazém.
    Esperamos que depois da conclusão do trabalho de investigação, o povo será informado.

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