A Secretária Executiva da Comunidade dos Países da Língua Português reuniu esta terça-feira (04 de Abril), com os partidos políticos representados no parlamento para entender melhor a situação da crise política que assola o país já há dois anos.
Depois do encontro separado com Maria do Carmo Silveira, o líder dos libertadores Domingos Simões Pereira, entende que não existe outro caminho para saída da crise sem o respeito da ordem constitucional.
«Nós sublinhamos de forma muito clara e muito evidente que é fundamental que os nossos parceiros internacionais reconheçam a construção do estado do Direito Democrítico como prossuposto fundamental para a justiça, paz e estabilidade e portanto é fundamental que os nossos interlocutores compreendem muito bem que a vocação dos organismos internacional é apoiar na construção desse estado do direito democrático».
Por outro lado, sublinha que “ tem que ser os guineenses a encontrar essas soluções, e nós pensamos que é incontornável que sejam os autores políticos guineenses a oferecer uma oportunidade ao país, uma oportunidade a todas instituições contudo não há outro caminho não há atalhos que não seja através do respeito da ordem constitucional”, diz.
Vicente Fernandes do Partido da Convergência Democrática (PCD), Iaia Djalo do Partido Nova Democracia (PND) e Agnelo Regalla da União para a Mudança (UM), foram unanimes em apontar o comprimento do acordo de Conacri como solução para saída da crise.
«A saída da crise passa pelo cumprimento do acordo de Bissau-Conakri, não há outra solução a partir do momento em que deixamos de pôr em causa aquilo que são imanação ou regra em vigor no nosso país, nomeadamente o respeito da Constituição que ele (José Mário Vaz) viola porque quem ganhou foi o PAIGC teve a maioria do apoio da população guineense já que não quer devolver o poder ao PAIGC partido que ganhou criando maioria fictícias já que não quer cumprir o acordo da Bissau-Conakri, pedimos e imploramos e pedimos ao povo da Guiné-Bissau que diga ao presidente que convoque as eleições antecipadas» diz Vicente Fernandes.
«Nós assinámos um acordo, temos uma Constituição da República das umas têm que ser cumprida. Essa é a nossa posição não vamos sair desta porque é um interesse nacional. Não há nada que prejudique que as nossas posição seja de fato do interesse nacional, testemunhou Iaia Djalo.
«A solução está nas mãos do presidente da República. Ele é que está na origem desta crise. Ele é que tem a chave para fechar esta crise e pensamos que uma boa solução para esta crise seria o respeito integral do acordo de Conacri» acusou Agnelo Regalla.
Ao contrário destas formações politicas, o Partido da Renovação Social defendeu o diálogo no seio do PAIGC como a única solução para actual crise politica.
Segundo as declarações da terceira vice-presidente dos renovadores Martina Muniz “ o PRS aposta sempre no diálogo, mas nós aconselhamos que o diálogo é primordial desde que seja sério e fraterno mas esse dialogo também deve começar primeiramente na casa do PAIGC com dialogo interno para que o país possa unificar porque o problema começa no PAIGC e desembocou-se para todo o país» aponta.
Para o porta-voz do grupo dos 15 deputados expulsos do PAIGC, Rui Diã de Sousa, a solução da actual crise cabe da vontade da direcção do partido, considerando que “ se a direcção do PAIGC entender que devem reintegrar os 15, vamos acabar com esses problemas de uma vez por toda enterrando o machado da guerra, a situação fica resolvida. Estamos a espera que a nossa direcção do partido entenda que de facto o que conta é o país e o superior interesses dos nossos povos, agora se eu vou perder se tu vais perder isso não conta o que conta é salvar o país tirar a Guiné-Bissau da crise olharmos em frente e avançarmos rumo ao desenvolvimento”, diz Diã de Sousa.
A Secretaria executiva da CPLP termina sua visita ao país ainda hoje.
RSM/GUINENDADE
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