O Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, recebeu, na passada quarta-feira, no palácio do Platô, na cidade da Praia, o enviado Especial do Chefe de Estado da Guiné-Bissau. O ministro de Estado, da Energia e Indústria da Guiné-Bissau, Florentino Mendes Pereira, foi portador de uma mensagem de José Mário Vaz ao Presidente cabo-verdiano Jorge Carlos Fonseca.
O ministro Florentino Mendes Pereira, fez-se acompanhar pela diretora de Gabinete do Presidente guineense, pela Conselheira Económica da Presidência guineense e pelo embaixador da Guiné-Bissau em Portugal, Hélder Vaz.
No final do encontro com o Chefe de Estado cabo-verdiano, Florentino Mendes Pereira, que é também líder do Partido da Renovação Social (PRS, segunda maior força política guineense) foi evasivo quanto ao conteúdo da mensagem.
“Cabo Verde e Guiné-Bissau pertencem à CPLP e à CEDEAO e é sempre bom haver troca de informações no campo bilateral e também em relação aos espaços a que nós pertencemos”, afirmou o ministro de Estado guineense, sem entrar em pormenores no tocante ao teor da mensagem de João Mário Vaz.
O ministro disse que o Presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, aconselhou as autoridades guineenses a dialogarem para poderem ultrapassar a crise política em que o país se mergulhou há dois anos.
Florentino Mendes Pereira voltou a acusar o presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá, de estar a bloquear o funcionamento da Assembleia Nacional Popular, impedindo a aprovação do Programa do Governo de Umaro Sissoko Embaló.
Florentino Mendes Pereira refutou a ideia que o Presidente José Mário Vaz esteja a violar o acordo assinado em Outubro passado, na Guiné Conacri, entre dirigentes políticos da Guiné-Bissau. O acordo que prevê a nomeação de um governo de consenso.
O ministro que é também Secretário-Geral do Partido da Renovação Social, a segunda maior força política guineense, disse que o PRS não teme o cenário de eleições antecipadas.
Até sexta-feira, Florentino Mendes Pereira terá ainda encontros com o presidente do Parlamento cabo-verdiano, Jorge Santos, com o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, e com outras autoridades de Cabo Verde.
ABOLA/Guinendade
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