A fábrica de Safim tem capacidade para, diariamente, produzir quatro mil litros de aguardente, em garrafas de 0,25 mililitros, 01, 05 e 60 litros, já a granel, explicou à Lusa, Carlos Carvalho, empresário que trocou Braga pela Guiné-Bissau, em 2011.
O empresário contou à Lusa que a fábrica, construída de raiz num antigo campo agrícola de 17 metros quadrados, também tem capacidade para produzir óleo alimentar de mancarra (amendoim) para abastecer os mercados guineense e português.
Brevemente, Carlos Carvalho, acredita que da sua fábrica de Safim vão sair 80% do óleo alimentar produzido, à base do amendoim, para Portugal, onde, diz, o produto terá "muita procura" por ser "do melhor que há, como dizem".
A fábrica pode processar, diariamente, oito mil quilos de amendoim, assinalou o empresário, que se diz confiante com o investimento na Guiné-Bissau ainda que lamente as dificuldades em conseguir peças sobressalentes para as máquinas.
"Qualquer peça que quisermos substituir aqui, temos que mandar vir de Portugal", afirmou Carlos Carvalho, que dá emprego direto a três operários portugueses e 63 guineenses, sendo 31 destes em regime sazonal.
A aguardente é produzida à base da cana e é vendida diretamente ao consumidor final nas 17 lojas que o empresário português abriu pela Guiné-Bissau.
Quanto ao nome do produto, "Noba Sabi" (expressão em crioulo que quer dizer "Nova Fresca" em português), Carlos Carvalho diz ter gostado e que os clientes também apreciaram, "por isso ficou", disse.
Questionado sobre o valor do investimento daquela que é a primeira fábrica industrial de produção de aguardente na Guiné-Bissau, diz que ainda não fez as contas.



Lusa/Guinendade