De acordo com dados do Escritório da
ONU contra Drogas e Crimes o comércio ilegal do crime organizado
registra ganhos anuais de mais de US$ 2 trilhões.
Este número equivale a cerca de 3,6% de tudo o que se produz e é consumido no planeta em um ano, ou a quatro vezes o PIB da Argentina e quase dez vezes o da Colômbia.
O último relatório do Fórum Económico Mundial fez uma estimativa menor - mais de US$ 1 trilhão - com base em uma pesquisa de 2016 feita pelo Global Financial Integrity (GFI), um centro de estudos de Washington é .
1º Narcotráfico: US$ 320 bilhões
2º Falsificação: US$ 250 bilhões
3º Tráfico humano: US$ 31,6 bilhões
4º Tráfico ilegal de petróleo: US$ 10,8 bilhões
5º Tráfico de vida selvagem: US$ 10 bilhões
Se juntarmos a estas cifras os ganhos com outras atividades criminosas (desde o tráfico de órgãos até a venda de obras de arte) a soma chega a US$ 650 bilhões.
E se levarmos em conta que a maioria das transações são feitas em dinheiro vivo, a lavagem de dinheiro se transforma em um grande negócio que explica a soma total de mais de US$ 1 trilhão citada pelo Fórum Econômico Mundial.
A BBC Mundo analisou as cinco principais atividades do ranking do GFI.
1 - Narcotráfico
Em 2003 os ganhos com narcotráfico chegavam perto dos US$ 320 bilhões, uma cifra equivalente a 1% do PIB mundial.A produção se concentra nos países em desenvolvimento e o principal destino são os mercados em países como Estados Unidos e países da União Europeia.
Em 2008 o rendimento econômico do mercado americano de cocaína chegou a US$ 35 bilhões. O cultivo de coca nos países produtores recebeu cerca de US$ 500 milhões.
Desde a grande explosão do tráfico de drogas no ocidente com as mudanças culturais da década de 1960, nenhuma estratégia conseguiu combater este crime.
Mesmo que em muitos casos o combate mais severo ao tráfico não conseguiu deter o aumento de um comércio globalizado, a estratégia de legalização das drogas também tem muitos críticos que temem que a iniciativa incentive um consumo descontrolado.
Parece ser mais fácil sufocar o narcotráfico financeiramente e, segundo Channing Sophia May, pesquisadora do tema para o GFI, esta seria uma boa medida.
"A diferença do tráfico de diamantes, que é uma atividade que opera com muito escambo por armas em zonas de conflito, é que o tráfico de drogas se movimenta com dinheiro. Isto precisa da mecânica da lavagem de dinheiro feita em paraísos fiscais, o subfaturamento do comércio internacional e o mercado negro de divisas", disse à BBC Mundo.
Antonieta S.
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