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domingo, 7 de maio de 2017

OPINIÃO: A MAIOR DESILUSÃO NA POLITICA GUINEENSE

              Este é um fenômeno exclusivamente humano, desilusão, ato de desiludir-se, desenganar-se, o que pressupõe que nos enganamos sobre algo ou alguém, que em um momento qualquer,  acreditamos. 

           Por mais doloroso que possa ser vivenciar a desilusão, o processo anterior de nos iludirmos é parte da construção de nossa capacidade de suportar perdas, e de criar mecanismos que nos sustentem para enfrentá-la.

             Precocemente, “iludimos” os bebês com o bico, a mamadeira, para que, quando a mãe não possa mais amamentá-lo, ele tolere a perda do seio, da sua presença e de seu olhar constante.

             Mais tarde, acrescentamos ao berço, bichinhos de pelúcia, travesseirinhos com o cheiro materno, proporcionando a ilusória  presença materna. Muitas crianças, carregam estes objetos simbólicos que lhes dão segurança e proteção, de certa forma mágicos, por toda a infância, adolescência e, alguns os guardam até a vida adulta.


            São chamados objetos transicionais, que incluem parte de nossa fantasia vinculada a realidade, ou seja, nos dão um caminho sólido para que possamos suportar a realidade da perda de nossos objetos mais amados.


             É um processo de matriz,  para enfrentarmos  todas as demais ilusões e desilusões que a vida nos reserva no desafio do crescimento e desenvolvimento humano. 

            Quando adultos e nos apaixonamos por alguém, um manancial de ilusões, esperanças e expectativas toma conta de nossa vida. Tantas vezes, se desiludidos, nos sentimos como bebês a procura do ursinho que vai nos consolar, acolher nossas lágrimas, acalmar nossa magoada e sufocada respiração. 

           Se temos uma base forte, sobreviveremos. A confiança básica se manterá sólida, nos dará forças e coragem para buscar novas ilusões, fantasias, cada vez mais viáveis e realizáveis. É a aprendizagem pela dor vivenciada, a desilusão experimentada, sofrida mas que nos fortalece.


            Esta confiança básica forte, nos permite arriscar, ousar, ir além da mesmice dos medíocres aos quais falta coragem para agir com audácia , temem e fogem do amar pelo simples fato de não sobreviver  a uma possível desilusão. 

            Nunca tinhamos antes criado tanta esperança num politico para depois ser uma grande desilusão. Nós vinhamos de 2 anos e meio de transição e de facto esperavamos muito do Jomav. Talvez mais do que ele pudesse dar efectivamente.
Esta é uma desilusão porque porque Jomav mudou muito mais do que poderiamos imaginar. 

           Jomav era uma pessoa em que nós todos acreditávamos e  admirava mos como homem de 25.Afinal era tudo uma ilusão e que se tornou uma verdadeira decepção.
      
       Pouco a pouco, os desafios que a vida nos exige, faz com que tenhamos de enfrentar a verdade, abandonar a ingenuidade,  não nos dá mais a possibilidade de enganarmos-no com ursinhos, fantasias e expectativas inviáveis. Existe espaço para uma única coisa, a desilusão que denuncia a necessária verdade. Sem ela não há crescimento ou amadurecimento. Viver só na fantasia...é um passo para a loucura.

       Por toda esta vida, nos desiludimos com as estrelas que criamos a nossa volta e isso ajuda-nos a crescer e este povo está um pouco mais maduro com esta crise. No fundo Jomav foi a maior desilusão de sempre na politica guineense.

F.P.

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