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terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

NOTICIAS AO MINUTO: PAIGC MANTÉM LAÇOS COM A FRENTE POLISÁRIO MAS NÃO MUDA POSIÇÃO DA GUINÉ- BISSAU SOBRE SARA OCIDENTAL

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A agitada abertura em Bissau do IX Congresso do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) atirou para segundo plano a presença do representante da Frente Polisário, Mohamed Yeslem Beisat, que participou nos principais atos solenes do Congresso dos “Libertadores”. A poucos metros da sede do PAIGC, onde teve lugar o IX Congresso, está situado o Palácio Presidencial que em maio de 2015 o presidente guineense José Mário Vaz cedeu a Mohamed VI para o monarca marroquino se instalar e substituir a bandeira da república guineense pela bandeira do reino alauita. No entanto a Guiné-Bissau foi um dos primeiros países a reconhecer o Estado proclamado pela Frente Polisário, um movimento considerado por Marrocos como um “inimigo”.

Acontenda remonta a 1973 quando a frente Polisário inicio da luta pela independência da antiga colónia espanhola do Sara Ocidental e intensificou-se em 1975 contra Marrocos que ocupara o mesmo território, com o aval de Espanha apoiada no Acordo Tripartido de Madrid. Em 1976 o movimento independentista sarauí proclamou em a independência da República Árabe Sarauí Democrática (RASD). Uma proclamação que pretendeu dar consistência diplomática às reivindicações da Frente Polisário e garantir a soberania do movimento nos territórios “libertados”, assim como permitiu à Polisário ter um assento em algumas instâncias internacionais tais como na Organização da Unidade Africana (OUA), que em 2002 transformou-se na União Africana (UA). 

Uma estratégia inspirada na proclamação de independência da Guiné pelo PAIGC nas Colinas de Boé em 1973. Entre os 10 primeiros países que reconheceram oficialmente a RASD no momento da sua proclamação em 1976 destacavam-se Angola, Moçambique e a Guiné- Bissau. Em maio de 2010, durante a presidência de Malam Bacai Sanha, Bissau recua e decide retirar o reconhecimento à RASD restabelecendo relações diplomáticas com Marrocos. A realpolitik acabara por se impor. 

Quando a política externa marroquina assenta no princípio “ou nós ou eles”, em referência à Frente Polisário, a presença do movimento independentista sarauí no IX Congresso do PAIGC não passou despercebida. Nos corredores da sede do PAIGC alguns delegados do Congresso questionavam se a presença da Frente Polisário significava um próximo reconhecimento da RASD, num gesto de rutura com a subserviência diplomática demonstrada por José Mário Vaz face a Mohamed VI. “Não, não chegamos a tanto!” esclareceu Domingos Simões Pereira, presidente reeleito do PAIGC. “Há margem do nosso Congresso houve uma reunião em Rubane dos partidos de libertação, uma reunião que foi coordenada pelo MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) e secretariada pelo MLSTP (Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe). Nós simplesmente oferecemos o espaço”, explicou o líder do PAIGC. Apesar de o “PAIGC tem uma relação histórica com a Frente Polisário”, como reconheceu Domingos Simões Pereira, o Congresso não foi uma antecâmara para o reconhecimento formal da RASD. 

Segundo o líder do PAIGC o partido marroquino União Socialista das Forças Populares (USFP) também foi convidado a participar no Congresso, mas recusou o convite devido à presença da Frente Polisário. “Apesar do Jomav ter trabalhado este tempo todo com Marrocos, nós não viramos as costas a Marrocos. Não podemos trabalhar com princípios de exclusividade”, disse Domingos Simões Pereira.



Guineendade/e-global

2 comentários:

  1. Olha que Dokinhas,Um aviso serio para te,Se PIRATIAR O BLOG GUINE NDADE, Vais pagar muito Caro.....PARA DE BRINCAR COM FOGO....

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  2. O Doka nao tem essa competencia! Mas,mas vale previnir do que remediar!
    DOKA estas notificado! Let's not f...k around!

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