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sábado, 7 de abril de 2018

NOTICIAS AO MINUTO: SETOR DA JUSTIÇA E FALTA DE EMPREENDEDORISMO DOS GUINEENSES CONDICIONA INVESTIMENTO ESTRANGEIRO - ECONOMISTA

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O economista Santos Fernandes considerou hoje que o setor da justiça e falta de empreendedorismo dos guineenses tem prejudicado o investimento externo na Guiné-Bissau.

Segundo o economista e antigo professor da Universidade Colinas de Boé, o "lóbi de dentro para fora não ajuda".

"Acho que o próprio guineense quando aborda as várias questões da Guiné acaba sempre por bater na mesma tecla. Nos últimos 20 anos temos tido problemas de autoestima em relação à Guiné, pode ser um conceito de psicologia, do comportamento das pessoas, mas esse comportamento das pessoas também desencoraja o investimento", afirmou à agência Lusa.

Para o economista, o setor da justiça também não tem ajudado.

"A par da questão política, que não vale a pena frisar, há a questão da impunidade. Tem havido situações com investidores estrangeiros que se queixam muito da nossa justiça e este é um fator que condiciona muito o investimento estrangeiro", disse.

Mas, salientou, há "muito investimento estrangeiro informal", que deve ser repensado.

"Nós temos uma economia extremamente informal e muito açambarcada pelos estrangeiros. Segundo os números, mais 90% das nossas pequenas e médias empresas são detidas praticamente por estrangeiros, nomeadamente os nossos irmãos da Guiné-Conacri, Senegal e Mauritânia, que estão a ocupar esse espaço", sublinhou.

"Os guineenses reclamam muito, mas não conseguimos encontrar empreendedores guineenses em padarias, restauração, tudo isso está tomado pelos estrangeiros de uma forma assustadora", acrescentou.

O economista alertou também para o facto de a economia informal não pagar impostos ao Estado, o que impede, depois, o Estado de investir.

"Se o Estado não consegue arrecadar, há uma enorme evasão fiscal. Não arrecada porque a economia é informal e nessa economia informal não há guineenses, há promiscuidade com os guineenses, mas não há guineenses nas pequenas empresas", insistiu, acrescentando que tudo aquilo acabar por prejudicar o emprego e a resolução de problemas básicos.






Guinendade-Lusa

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