Abubacar Sultan que
termina a missão na Guiné-Bissau para passar a liderar a representação da
UNICEF em Angola, fez um balanço positivo da sua estada em Bissau mas salientou
que o que se alcançou foi graças à "ação coordenada de várias
entidades", que trabalham em questões lidadas às crianças, tendo sido
apenas "um simples ator".
"Temos uma ideia clara da progressão que houve sobretudo na queda
dos indicadores mais negativos relativamente ao bem-estar da criança, designadamente
a mortalidade infantil e infanto-juvenil que caiu drasticamente fruto de
intervenção coletiva para prevenir as principais causas da mortalidade das
crianças", destacou.
O representante da
UNICEF notou também que houve avanços ao nível do acesso à Educação para as
crianças, nomeadamente com o aumento da paridade do género no ensino primário e
a construção de 200 novas salas de aulas através de verbas do Fundo Global para
a Educação e com o financiamento da própria agência da ONU.
No mesmo âmbito,
Abubucar Sultan, enalteceu a construção, em curso, de três centros de formação
para professores e ainda os avanços nas áreas que disse serem "menos
visíveis" nomeadamente o combate à pratica de mutilação genital feminina,
HIV/SIDA e a luta contra a defecação ao ar livre.
Abubacar Sultan
afirmou que foram registados os avanços, mas indicou que ainda persistem
"outros desafios" enquanto morrer na Guiné-Bissau uma criança por
malária, infeção respiratória aguda, má-nutrição ou diarreia.
O representante da
UNICEF disse acreditar que com "um maior investimento" e com
"outras circunstâncias", a Guiné-Bissau "pode dar um salto no
que toca aos índices de desenvolvimento humano em pouco tempo".
Nos últimos dias Sultan, de nacionalidade moçambicana, tem sido alvo de
várias homenagens por parte de organizações da sociedade civil guineense e
entidades públicas.
Lusa/Guinendade
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