A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) exigiu hoje o fecho do Centro de Detenção
da Polícia Judiciária, em frente do Mercado de Bandim, em Bissau, por não ter mínimas
condições para albergar reclusos. “Estas celas devem ser encerradas porque não têm mínimas condições. São
anexos. A altura do centro é menos de três metros, o que torna o interior do
centro muitoquente. Mesmo pela janela do lado de fora sente-se a temperatura
que sai do interior da sala"”, disse o presidente da Liga.
O esgoto da cela está danificado e os prisioneiros são obrigados a suportar
o mau cheiro numa sala com capacidade para 25 pessoas, mas por agora, alberga
mais de 90 reclusos, denuncia a ONG, que pede uma rápida intervenção das autoridades
com vista a fechar a prisão. Augusto Mário da Silva, presidente da Liga, explica que 24 reclusos que
evadiram a prisão local, dos quais 09 são “condenados por crimes de sangue e podem
pôr em causa a paz social”.
"Compreendemos as fragilidades do nosso Estado, mas também faz parte da
política criminal criar condições de detenção para as pessoas", sublinha.
"Não podemos pensar em ter justiça eficaz se não temos espaços para
albergar os reclusos. As pessoas detidas têm de ser tratadas com dignidade na
base das leis".
O diretor geral dos serviços prisionais, Mussá Baldé, disse que já têm em mãos
um terreno cedido pela Câmara Municipal de Bissau para a futura instalação do
centro de detenção para melhor responder às regras mínimas das convenções dos direitos
humanos que assinamos.
Analistas políticos questionam: “porque só agora a Liga visita às prisões
quando o podia fazer regularmente?”
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