Bissau, Out 16 – Vinte
e seis mulheres que sofreram intervenções cirúrgicas devido a doença de Fistula
Obstétrica beneficiaram de géneros alimentícios doados pelo Fundo das
Nações Unidas para a População (UNFPA).
No acto de entrega a ministra
da Mulher Família e Coesão Social, Maria Evarista de Sousa disse que as
mulheres continuam até então a enfrentar grandes barreiras provenientes, sobretudo
da natureza e que põem em causa o exercício dos seus direitos e igualdade das
convicções e oportunidades em relação aos homens.
De acordo com a governante, as
principais causas da Fistula Obstétrica na Guiné-Bissau, esta ligada a pobreza,
gravidez precoce, assim como o acesso limitado aos Centros de Saúde.
“Muitas mulheres portadoras
da referida doença, são submetidas ao isolamento, o que as leva, muitas vezes
ao desespero e até ao suicídio”, revelou a ministra.
Maria Evarista de Sousa
apela as portadoras desta doença no país, para não terem medo da doença porque
já esta a ser tratada no país.
Por sua vez, a representante
de FNUAP no pais, Kourtoun Nakro salientou que o Ministério de Saúde Pública,
em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a População, tem promovido
campanhas de identificação de portadores de Fistula Obstétrica, a fim de
permitir que dezenas de mulheres voltassem a viver normalmente.
“A recuperação destas mulheres é o primeiro
passo importante dado na reinserção destas na sociedade e ao lado dos
familiares”, disse.
Nakro disse que muitas vezes,
essas mulheres são rejeitadas no seio social, e as vezes pelas próprias
famílias, o que lhes faz perder muitas oportunidades no seu dia-a-dia. Por isso,
é importante apoia-las na reintegração na vida profissional, comunitária e
familiar.
Presente no acto, a
Primeira-dama, Maria Rosa Vaz, manifestou o seu interesse em prestar apoio
necessário às portadores da referida doença.
Rosa Vaz acrescentou que
essas mulheres merecem o apoio que estão a ter porque deram filhos ao país e,
em consequência disso, ficaram doentes.
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