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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

OPINIÃO: FINALMENTE FERNANDO CASIMIRO (DIDINHO) FEZ UMA ANÁLISE SEM PAIXÃO POR UM LADO OU POR OUTRO LADO

Uma mediação capaz de solucionar a crise política na Guiné-Bissau tem que ser feita necessariamente na Guiné-Bissau e com a presença de mediadores nacionais e internacionais de "peso" que possam estar no mínimo 1 semana no país a fim de ouvirem as partes da crise, e entre propostas e contra-propostas, todos terem tempo para reflectir, consultando as suas estruturas, no intuito de assumirem a necessidade de se pôr fim à crise através de cedências, visando salvaguardar o Interesse Nacional.

O Presidente da República também é parte da crise e deve fazer parte dos encontros de mediação e não ficar de fora, quando o que se está a mediar é precisamente a salvaguarda do Interesse Nacional, pela viabilização do país, bloqueado que está pela crise política. 

Como foi possível o erro da deslocação de tanta gente a Conacri, sem a presença do Presidente da República da Guiné-Bissau?

Como perceber que cada participante da reunião de Conacri apresente a sua versão de um Acordo que teve um Documento final oficial, com os 10 pontos de um suposto Acordo rubricado pelos representantes das partes presentes?

O que tem a dizer a CEDEAO sobre o assunto?

Houve ou não Acordo em Conacri?

Quem foram os subscritores do Acordo e o que consta de facto desse Acordo?

Ao Presidente da República da Guiné-Bissau, deve-se questionar o seguinte: Se tudo passaria, ou passará por ele, em função do que lhe satisfaz em matéria de confiança, quando não está em causa a confiança pessoal, mas sim institucional, para que foi preciso o encontro de Conacri?

Para quê falar em mediação, em mediadores, se tudo terá que passar pelo Presidente da República, que também é parte da crise, não a única, obviamente, como sempre dissemos?

Positiva e construtivamente.
Por: Fernando Casimiro 26.10.2016

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