Uma mediação capaz de solucionar a crise política na Guiné-Bissau
tem que ser feita necessariamente na Guiné-Bissau e com a presença de
mediadores nacionais e internacionais de "peso" que possam estar no
mínimo 1 semana no país a fim de ouvirem as partes da crise, e entre
propostas e contra-propostas, todos terem tempo para reflectir,
consultando as suas estruturas, no intuito de assumirem a necessidade de
se pôr fim à crise através de cedências, visando salvaguardar o
Interesse Nacional.
O Presidente da República
também é parte da crise e deve fazer parte dos encontros de mediação e
não ficar de fora, quando o que se está a mediar é precisamente a
salvaguarda do Interesse Nacional, pela viabilização do país, bloqueado
que está pela crise política.
Como foi possível o erro da deslocação de tanta gente a Conacri, sem a presença do Presidente da República da Guiné-Bissau?
Como
perceber que cada participante da reunião de Conacri apresente a sua
versão de um Acordo que teve um Documento final oficial, com os 10
pontos de um suposto Acordo rubricado pelos representantes das partes
presentes?
O que tem a dizer a CEDEAO sobre o assunto?
Houve ou não Acordo em Conacri?
Quem foram os subscritores do Acordo e o que consta de facto desse Acordo?
Ao
Presidente da República da Guiné-Bissau, deve-se questionar o seguinte:
Se tudo passaria, ou passará por ele, em função do que lhe satisfaz em
matéria de confiança, quando não está em causa a confiança pessoal, mas
sim institucional, para que foi preciso o encontro de Conacri?
Para
quê falar em mediação, em mediadores, se tudo terá que passar pelo
Presidente da República, que também é parte da crise, não a única,
obviamente, como sempre dissemos?
Positiva e construtivamente.
Por: Fernando Casimiro 26.10.2016
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