O grupo de 18 partidos sem assento parlamentar propôs hoje a criação de uma Comissão Política e Social para a implementação do Acordo Político, patrocinado pela CEDEAO, para a saída da crise guineense.
A Comissão a ser dirigida pelo Presidente do Parlamento é integrada por todas as formações políticas com e sem assento parlamentar, o grupo dos 15 deputados dissidentes, antigos primeiros-ministros, um representante do poder judicial, dois representantes do Presidente da República e a sociedade civil, com competências de indicar figura para chefia do futuro governo de inclusão e os seus membros.
Segundo o roteiro, a constituição do futuro governo de inclusão será feita até Novembro e a apresentação do Programa e Orçamento geral de Estado em Dezembro.
A comunidade internacional é chamada como observadora para integrar a Comissão Política e Social que irá funcionar até a realização das eleições.
O Porta-voz do colectivo, Manuel Alípio da Silva da Frente Democrática defende que a Comissão irá funcionar em paralelo com o Parlamento, sem riscos de colisão.
A proposta dos 18 partidos sem assento parlamentar foi entregue a todos os órgãos da soberania, a CNE e a comunidade internacional.
A iniciativa surge numa altura em que o país aguarda com expectativa o início das negociações, 23 dias depois da assinatura do acordo para a saída da crise.
O PAIGC, Partido vencedor das legislativas, procura a reconciliação partidária interna com o famoso grupo dos 15 deputados, que declinou hoje o chamamento da direcção superior.
Compareceu para este encontro, apenas um representante de Braima Camará.
O grupo condiciona a sua presença com a demissão do Presidente do PAIGC- Domingos Simões Pereira, e consequente criação de uma Comissão de Gestão até a realização do Congresso.
Isso para além da reintegração deste grupo, tanto nas estruturas internas do Partido e como nos Órgãos do Parlamento.
RFI
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