As falhas registadas nos últimos tempos na comunicação do Presidente da República, José Mário Vaz, são gritantes e deixam qualquer guineense preocupado, independentemente de ser apoiante ou não do Chefe de Estado, como se diz, porque se trata do primeiro magistrado do país, ou seja, do Presidente de todos os guineenses. As referidas falhas são claramente os ‘erros de palmatória’ do Gabinete da Comunicação do Palácio da República e inclusive do Ministro Conselheiro para a Comunicação’.
A falta de informação revelada pelo Chefe de Estado na passada segunda-feira 26/06/2017, quando falava perante um grupo de líderes muçulmanos que foram o cumprimentar, depois da reza de ‘Eid Mubarak’. José Mário Vaz afirmara que “é pela primeira vez”, desde que assumiu as funções do Presidente da República em 2014, “que a comunidade muçulmana do país reza num único dia e sem a divisão que se tem registado nos últimos tempos”, facto que não corresponde a verdade! Porque na verdade a comunidade muçulmana rezou dois dias. Um grupo rezou no domingo, 25 de junho, um dos lugares que testemunhou o ato é a Mesquita Central do país, em Bissau; outro grupo na segunda-feira, 26 de Junho, ao largo da Câmara Municipal de Bissau – local da cerimónia oficial.
A falta de informação revelada pelo Chefe de Estado na passada segunda-feira 26/06/2017, quando falava perante um grupo de líderes muçulmanos que foram o cumprimentar, depois da reza de ‘Eid Mubarak’. José Mário Vaz afirmara que “é pela primeira vez”, desde que assumiu as funções do Presidente da República em 2014, “que a comunidade muçulmana do país reza num único dia e sem a divisão que se tem registado nos últimos tempos”, facto que não corresponde a verdade! Porque na verdade a comunidade muçulmana rezou dois dias. Um grupo rezou no domingo, 25 de junho, um dos lugares que testemunhou o ato é a Mesquita Central do país, em Bissau; outro grupo na segunda-feira, 26 de Junho, ao largo da Câmara Municipal de Bissau – local da cerimónia oficial.
Esse erro que a equipa da comunicação induziu ao Presidente da República demostra claramente que, afinal, José Mário Vaz é o último cidadão desta terra a ser informado sobre a vida política e social do país que dirige, quando deveria ser a pessoa mais privilegiada em termos das informações. Esse não é o único ‘erro de palmatória’ cometido pela equipa da comunicação do Chefe de Estado guineense. O que nos leva a questionar se é por causa da (in)capacidade, ou então, não lhes fora proporcionado espaços para trabalharem convenientemente.
Aliás, se recordarmos dos discursos proferidos por José Mário Vaz, durante a Presidência Aberta, podemos descobrir que se cometeram erros gravíssimos e imperdoáveis que, do nosso ponto de vista, ilustram a falta de orientação em termos da comunicação e consequentemente a própria falta de preparação do Presidente da República, um assunto que poderia ser corrigido através de uma boa orientação em termos da comunicação.
Outra falha que se pode enumerar neste editorial é aquando da cerimónia do empossamento do Presidente e Vice-presidente do Supremo Tribunal de Justiça, onde o Chefe de Estado perdeu-se no meio do discurso e não soube como continuar por causa da falta de numeração das páginas do discurso. Essas falhas são inaceitáveis, por isso é preciso responsabilizar as pessoas que constituem o Gabinete da Comunicação e, se porventura não foram permitidos a trabalharem, então, que se demitam honestamente sem rodeios.
É a responsabilidade do Gabinete da Comunicação interagir-se ou fazer um ‘Briefing’ com o Chefe de Estado todos os dias sobre os assuntos da vida política e social do país. Aliás, o mesmo é obrigatório antes de qualquer comunicação de Chefe do Estado, de forma a atualizá-lo em eventuais pontos do seu discurso ou comunicação em que possa ter dúvidas.
José Mário Vaz tem a obrigação de criar condições e mostrar uma total abertura ao Gabinete da Comunicação, permitindo que a sua equipa faça os seus trabalhos e sem serem impedidos ou bloqueados por ninguém, aliás, nenhum elemento da equipa do Gabinete do Presidente da República pode bloquear o funcionamento da equipa de Comunicação, pois, cabe a esta equipa, em primeira linha, a tarefa de ‘fazer boa imagem do país’ de que Jomav tem reclamado junto dos homens da imprensa guineense. É o mesmo dizer que, todos os elementos de ‘entourage’ do Presidente não devem poupar esforços para fazer um trabalho de equipa, porque afinal o serviço de cada um conta para conseguir um resultado eficaz.
Exige-se mais competência do gabinete e inclusive do próprio ‘Senhor Conselheiro da Comunicação’ que esteja à altura de fazer uma análise franca sobre conteúdos dos discursos do Presidente da República, como também definir as estratégias da comunicação do mesmo. Não é segredo para nenhum guineense que nesta matéria, José Mário Vaz está muito mal orientado! Se é verdade que o Presidente não aceita os conselhos do Gabinete, então que os demita das suas funções e continue a andar ‘cegamente’, visto que ele [Presidente da República] defende que ninguém deve continuar a receber salário sem trabalhar… se é a falta da competência da parte das pessoas que constituem o Gabinete da Comunicação é a obrigação do Presidente demitir-lhes por incompetência.
Guinendade/AssanaSambu/Odemocrata
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