O presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, disse hoje que a libertação de 'Manecas' dos Santos confirma que não há nenhuma substância para a sua detenção.
A libertação de 'Manecas' dos Santos confirma que "não há nenhuma substância por detrás da sua detenção, mas apenas uma intenção deliberada de humilhar e portanto usasse a força do Estado para humilhar e para pôr em causa os estatutos", afirmou aos jornalistas Domingos Simões Pereira.
Segundo o antigo primeiro-ministro guineense, o Ministério Público "não apresentou nada de novo em relação à última audição".
"Há uma determinação no sentido de humilhar, essa ordem foi dada, foi expressa, e para mostrar serviço era preciso isso", disse.
"Manecas" dos Santos foi detido segunda-feira em Bissau pela Polícia Judiciária (PJ) na clínica onde se encontrava internado.
Hoje, foi ouvido pelo Ministério Público, tendo acabado por sair em liberdade com termo de identidade e residência.
Segundo o advogado do comandante, Carlos Pinto Correia, "Manecas" dos Santos foi ouvido no âmbito de um novo processo por suspeita de simulação de crime com base na entrevista que deu ao Jornal de Notícias.
O veterano da luta armada pela independência da Guiné-Bissau tinha sido ouvido, há cerca de um mês, pelo Ministério Público, na capital guineense, para esclarecer as suas declarações sobre a iminência de um golpe de Estado no país.
Na ocasião, acompanhado do advogado e de alguns militantes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), "Manecas" dos Santos disse ter reafirmado perante os magistrados o que é "apenas uma opinião".
Guinendade/Lusa
terça-feira, 20 de junho de 2017
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