Os dois sindicatos do sector da educação, SINAPROF e SINDEPROF consideram que o ano lectivo 2015/2016 acabou sem alegrar aos pais e encarregados de educação devido as greves observadas pelos professores no decurso do ano.
As considerações dos dois sindicatos do sector foram reveladas segunda-feira por Armando Vaz, que na cerimónia de abertura do ano lectivo 2016/2017, representou a classe sindical dos docentes.
Armando Vaz reconhece que o ensino é um dos factores fundamentais para desenvolvimento socio cultural e económico de qualquer país, mas disse que, se não houver uma atenção para o sector do ensino, a Guiné-Bissau não poderá avançar de nenhuma forma.
“Estamos na abertura do ano escolar com uma certa dúvida e muitas situações no sector. Lembramos que o ano lectivo 2015/2016 foi concluído graças a intervenção de pais e encarregados de educação, organizações da sociedade civil guineense e da comunidade internacional que pediram aos sindicatos para suspenderam a greve , para de seguida se resolver algumas questões que iriam permitir que o novo ano escolar iniciasse sem qualquer perturbações. Na verdade, não há vontade política da parte do governo”, disse .
Vaz referiu que os dois sindicatos entregaram há muito tempo ao executivo o caderno reivindicativo para que possa fazer uma análise da situação, a fim de proporcionar o início do ano lectivo em boas condições.
“Pelos vistos não há um sinal de que este ano vai ter sucesso”, declarou.
Disse que um dos pontos que constam no referido caderno reivindicativa já entregue tem a ver com a implementação da Carreira Docente que foi aprovada e promulgada pelo Presidente da Republica há cinco anos mas que não esta a ser cumprida.
Afirma que a vontade dos sindicatos é de fazer com que o ano lectivo tenha sucesso e que haja tranquilidade no sector do ensino.
Por seu lado, o Presidente da Confederação Nacional das Associações Estudantis da Guiné-Bissau (CONAEGUIB), Fidel Biombo Cá exortou ao governo à trabalhar no sentido de criar as condições necessárias para a melhoria da qualidade do ensino, para que os jovens possam responder, de forma satisfatória, as exigências que a globalização impõe, e consequentemente enfrentar, com capacidade, as exigências do mercado comum.
Para que estas exigências sejam respondidas, segundo Fidel Cá é preciso proporcionar um ambiente de tranquilidade ao sistema educativo, isto é evitar as greves ou paralisações que comprometem o cumprimento integral do programa escolar.
Cá exortou igualmente a colaboração dos Sindicatos e Associação dos pais e encarregados de educação no sentido de trabalharem, em conjunto, para o bem das crianças e jovens em geral.
Fidel Cá disse que só assim é que se pode ter daqui há mais anos uma Guiné-Bissau que todos querem, partindo do princípio de que nenhum pais no Mundo pode desenvolver sem homens letrados.
O ministro da educação presidiu segunda-feira a abertura do no novo ano lectivo 2016/2017”sob lema: Mais e Melhor Educação”.
ANG/GUINENDADE
0 comentários:
Enviar um comentário