Apesar do acordo para a saída da crise sob a égide da CEDEAO, o desentendimento no seio da classe política guineense, gravado por estremar de posições, falou mais alto no Dia da Independência, contrariando o lema das comemorações que é, o Renovar da Esperança numa Guiné-Bissau de Diálogo e Prosperidade.
Os 43 anos da Independência Nacional são assinalados no meio de uma grave crise político-institucional que dividiu o PAIGC e o PRS, dois principais partidos no Parlamento.
O PAIGC, partido vencedor das últimas eleições legislativas, agora na oposição, após a perda do controlo de quinze deputados que se juntaram ao PRS com 41 deputados, para constituir o suporte do Governo de Baciro Dja, organizador das festividades da independência.
A grande ausência no acto central foi o PAIGC e o Presidente do Parlamento, depois do PRS e do PND se terem ausentado ontem na sessão especial dedicada a juventude e a democracia, organizada pelo Parlamento com apoio das Nações Unidas.
Perante este bloqueio do país, o Presidente da República apelou a reconciliação num discurso com estratos no Hino Nacional, para lamentar a situação dos sectores sociais e, saudar os militares e as Forças de Alerta da CEDEAO estacionadas no país.
José Mário Vaz defendeu que a solução da crise guineense passa pela formação de um Governo de Unidade Nacional.
José Mário Vaz defendeu que a solução da crise guineense passa pela formação de um Governo de Unidade Nacional.
O PR reconheceu que o país perdeu tempo de mais no jogo de poder e calculismos partidários, tempo que devia ser dedicado ao desenvolvimento.
O acordo para a saída de crise político-institucional sob a égide da CEDEAO prevê a constituição de um governo inclusivo para assegurar, nos próximos dois anos, a reforma da Constituição, a lei eleitoral e a modernização dos sectores da defesa e segurança, justiça e administração publica.
O acordo para a saída de crise político-institucional sob a égide da CEDEAO prevê a constituição de um governo inclusivo para assegurar, nos próximos dois anos, a reforma da Constituição, a lei eleitoral e a modernização dos sectores da defesa e segurança, justiça e administração publica.
RFI/GUINENDADE
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