Neste tempo
tem se falado muito da participação de políticos e empresários no negócio mundial das drogas. A intenção desse texto é justamente tentar demonstrar a relação
existente entre tráfico de drogas, políticos e os embates politicos que aí virão em 2018 e 2019. As eleições
tem sido uma forma de legitimar pessoas para poderem governar o nosso país. O tráfico de droga ou a lavagem de dinheiro é uma forma de transformar o
dinheiro que é obtido através de um mercado ilegal, em algo legal,
e o mais grave é quando esse dinheiro é utilizado para os embates politicos.
Segundo a UNODC (Escritório das Nações Unidas Sobre Drogas e Crime), o
tráfico de drogas é a atividade criminosa mais lucrativa do mundo, com
uma movimentação de 320 biliões de USD por ano.
E logicamente que esse dinheiro não é transportado em mochilas, ele é
investido nos mais diversos setores da economia mundial, entre eles e o setor financeiro, os bancos.
Narcotráfico e a Política Guineense
A relação entre tráfico de drogas e a política teve um dos seus casos mais conhecidos, quando o narcotraficante começaram a descer aviões sobre a protecção do Presidente da República e do seu assessor económico Braima Camará. Tem se constatado que existe uma relação directa entre estas duas personalidades com o narcotraficante Demetrio
Chavez Peñaherrera.
No mundo politico internacional existem muitas familias que fizeram dinheiro com o mundo da droga tal como a família Sanchéz Miranda é conhecida por ter feito sua fortuna com o
tráfico de drogas entre os anos de 1977 e 1991, através da atuação dos
irmãos Perycles e Simón Sanchéz Miranda. Simón foi assassinado em 1987
no México e a Polícia descobriu que sua fazenda servia de laboratório de
cocaína que era enviada para os EUA. Em 2010,3 membros da família
Sanchéz Miranda foram acusados de lavagem de dinheiro e da drogas. No mês de Março de 2016, a PGR pediu para os membros da família Sanchéz Miranda por lavagem de dinheiro do tráfico através do financiamento eleitoral.
E no nosso país?
A relação entre o Presidente Jomav e o seu assessor económico no mundo da droga tem complicado a posição e o respeito da Guiné-Bissau no mundo. O nosso Ministério Público e a Policia Judiciária estão sob o controle total destas duas pessoas e por conseguinte nada poderá ser feito do ponto de vista judicial. Desde a tomada de posse dos últimos dois governos de José Mario Vaz estima-se que mais de 400 toneladas de cocaína passaram no nosso território. Existem vários casos que confirmam isso mas a mais gritante foi o facto de um avião ter sido apreendido e foi mandado libertar pela Presidência da República. O piloto acabou assumindo o caso dizendo que recebeu 106 mil reais para fazer o transporte para a Guiné-Bissau e não sabia de quem era o produto. Primeiro ele disse que sabia do voo realizado mas que foi
enganado sobre a carga e o destino.
O envolvimento de José Mario Vaz no mundo do tráfico de droga não é sóa especulações. As autoridades americanas denunciaram que as autoridades guineenses estão envolvidas no mundo da droga. A Interpol na Guiné-Bissau afirmou a mesma coisa.
O Narcotráfico e o poder político estão altamente vinculados na Guiné-Bissau , e esse é um dos motivos que os políticos no atual poder
resistem em abordar essa questão dizendo que é mentira. Mas será mentira o que os Estados Unidos disse ? Será mentira a Interpol? Mas será mentira a droga que a Policia Judiciária queimou na semana passada? Será que tudo é mentira e só José Mario Vaz e Braima Camará é que tem a verdade absoluta? Não! Estes são factos que estão longe da mentira.
Henrique Viegas
segunda-feira, 24 de abril de 2017
Home »
» OPINIÃO: JOSÉ MARIO VAZ E A SUA RELAÇÃO COM O TRÁFICO DE DROGA
0 comentários:
Enviar um comentário