O consórcio designado Bissau Cabo, empresa que vai gerir o cabo submarino, é integrado pelas operadoras dos telemóveis móveis Orange (francesa) e MTN (sul-africana), com 51%, enquanto o Estado guineense detém os restantes 49%.
Na assinatura do memorando que cria o consórcio, o ministro dos Transportes e Telecomunicações, Fidélis Forbs disse que o projeto "é estruturante e que vai ajudar ao desenvolvimento" do país.
A representante do Banco Mundial (BM) em Bissau, Kristina Svenson, considerou como "muito importante" o projeto da instalação do cabo submarino, que irá trazer "Internet de melhor qualidade, mais rápida e mais barata" à Guiné-Bissau, dentro de 18 meses, enfatizou.
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Svenson destacou o facto de, durante o exercício do ano passado, entre o Banco Mundial e a Guiné-Bissau, o projeto do cabo submarino ter sido "metade do portfólio" da instituição na sua relação com o Governo guineense.
A responsável salientou que o BM desbloqueou 35 milhões de dólares (30,5 milhões de euros) para o projeto.
Os trabalhadores da Guiné Telecom criticaram a forma como o Governo partilhou o capital social da nova empresa.
David Mingo, presidente do sindicato dos trabalhadores da Guiné Telecom, disse ser "inaceitável e incompreensível" que o Estado guineense "seja minoritário" num consórcio por si criado para gerir "uma infraestrutura tão importante" como é o cabo submarino.
Aquele dirigente sindical antevê ainda o fim da Guiné Telecom, porque, enfatiza, serão duas empresas estrangeiras que vão gerir o cabo da fibra ótica do país o que, alerta, será "um desastre" para a própria Guiné-Bissau.
"Em todos os países do mundo a empresa do Estado, neste caso a Guiné Telecom, é que gere toda a rede base do sistema de telecomunicações", defendeu David Mingo.
A Guiné Telecom deixou de operar desde o inicio dos anos de 2000 devido a problemas de gestão da empresa.
Guinendade/Lusa
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