O
Eterno problema da Soberania e o velho amigo corrupção!
Chegamos a questionar, e com toda razão, o bom senso
dos decisores públicos neste país. Por vezes, e não poucas, as decisões que
tomam evidenciam uma falta de sensatez, isto para não ser mais duro. Dúvidas
não restam que os nossos decisores, na sua maioria, estão muito aquém das exigências
das funções que exercem, porém a mínima sensatez, o mínimo sentido de estado,
impunham outras decisões, diferente das que tomam. Seguramente, alguns dirão
que não se orientam pela satisfação da necessidade coletiva, não primam as suas
atuações pelo bem comum, antes pelo contrário, vão tomando decisões a pensar
nas suas condições de vida, sujeitando-se, na maior das vezes, a corrupção, não
se importando de implicações de decisões que tomam a curto, médio e longo
prazo. Por vezes, não chegam a ter noção do alcance e implicações das suas
decisões, em decorrência da sua falta de preparação.
Estamos a assistir, nas últimas semanas, tomadas de
medidas pelas Autoridades Públicas que intrigam a qualquer um que de facto tenha conhecimento e que dispõe
da mínima noção do que está a acontecer e, mais, da sua implicação económica e
social para o País.
Assistimos, há dias, a assinatura de um acordo entre
o Governo
guineense e as empresas Orange Bissau (France Telecom e Sonatel) e MTN Bissau (Belgacom), sob auspício do Banco
Mundial, com vista a assegurar a amarração ao cabo submarino. Até aqui tudo
bem, não há nada de especial.
O acordo rubricado prevê comparticipação destas empresas num
montante não revelado e com a participação do Banco Mundial, em nome do Governo
guineense, em 40 Milhões de dólares, à troca da constituição de uma
empresa de gestão do
cabo submarino detida maioritariamente pelas empresas Orange e MTN e pelo Estado guineense,
representado pelo Governo. Nos termos do acordo rubricado, estas empresas
(Orange e MTN) preservam, tal como fazem desde sempre, o direito de gestão e
cobranças de ligações internacionais. Ou seja, com este acordo, o governo da
Guiné-Bissau, entendido também povo da Guiné-Bissau, vê-se privado de gerir,
diretamente ou pela empresa por si contratada, o cabo submarino e contabilizar
e creditar as ligações internacionais, diferente do que acontece com todos os
países do mundo, exceto na Guiné-Bissau.
Até há cerca de 1 ano atrás até se percebia, pois por falta de
capacidade para aquisição de equipamentos de alta tecnologia, capaz de efetuar
o tal controlo e a consequente cobrança, o Estado Guineense permitiu que as
operadoras nacionais fizessem um autocontrolo e a seguir com base nisso, pagar
as tais taxas ao Estado.
Ora, há cerca de um ano atrás o governo firmou um
contrato com uma empresa Suíça com o propósito de instalar os tais equipamentos
para o controlo e cobrança das chamadas internacionais e a amarração ao cabo
submarino, tendo também a empresa, a luz do contrato firmado, direito de
encaminhamento e determinação de pontos de conexão, devendo a empresa
beneficiar de apenas 40% dos recursos provenientes de contabilização de
chamadas durante
5 anos (e 60% ao Estado guineense), após os quais, o Governo guineense passaria
a ser o único proprietário e detentor absoluto destas Infraestruturas
tecnológicas instaladas e do cabo submarino. O tal acordo, não só ia permitir
ao Estado recolher receitas importantes avaliadas em dezenas de milhões de
dólares anuais, como também permitir ao Estado a curto prazo recuperar uma
parte da sua soberania entregue às Operadoras Orange e Mtn.
Mas agora perguntamos, com o recente acordo rubricado
entre o Governo, o Banco Mundial e as Operadoras, como fica o precedente
Acordo?
Como se pode perceber, os decisores atuais decidiram
desconsiderar, pura e simplesmente, o contrato rubricado com a empresa Suíça,
correndo serio risco do governo pagar valores avultados de indemnização, e
enveredar por negócio que deixaria constante e absolutamente pobre o povo
guineense e estar a ser extorquido pela Orange Internacional, que representa
interesse dos países como Senegal e França, e pela MTN, que representa
interesse de Africa de Sul.
Pois as duas empresas, que detêm a maioria de ações da empresa criada, passarão
a gerir diretamente a consórcio responsável pela gestão do Cabo Submarino e
preservam a gestão das chamadas internacionais sem pagar absolutamente nada ao
estado guineense.
Estes factos levantam várias questões que são no
mínimo muito sérias:
- O que tem a ganhar o Banco Mundial neste negócio, em
que encosta o próprio Estado à parede e quase o obriga a assinar o referido
acordo?
- Mas então o Banco Mundial é uma Instituição Financeira vocacionada para financiar projetos viáveis e indispensáveis para o desenvolvimento de países subdesenvolvidos, ou então uma empresa de negociatas e imposições de projetos à um Estado dito “Soberano”?
- Mas então o Banco Mundial é uma Instituição Financeira vocacionada para financiar projetos viáveis e indispensáveis para o desenvolvimento de países subdesenvolvidos, ou então uma empresa de negociatas e imposições de projetos à um Estado dito “Soberano”?
- Qual a taxa de juros de reembolso dos tais 40
milhões de dólares financiados e quem os vai pagar?
- Como podem as Operadoras serem árbitros e jogadores?
Que mecanismo terá o Estado para controlar se o valor declarado pelas
Operadoras corresponde ou não ao valor real?
- Será que depois de mais de uma década com as
Operadoras Internacionais dando cartas, explorando os consumidores e
manipulando o Estado já não é tempo do Estado assumir as suas
responsabilidades?
- Será que a própria dita Soberania Nacional não é
posta em causa entregando o poder absoluto de um ramo tão delicado como as
Telecomunicações nas Operadoras de telecomunicações?
- E como fica a GuinéTel/Guiné-Telecom dentro desta
história, sendo ela a empresa de telecomunicação de bandeira nacional, aquela
que tinha o direito de fazer o controlo do tráfego das chamadas internacionais?
Caros leitores e compatriotas, estamos a falar de
valores avultados, cuja apreensão pelo Estado Guineense ajudaria a resolver
vários problemas nos mais diversos ramos (Saúde, Educação, infraestruturas,
etc.). Mas que ao invés disso, os nossos decisores, para não variar escolheram
a si mesmos em vez do povo.
Decisões do género não se explicam pela incompetência
dos decisores e nem pela discricionariedade que a pode caracterizar, mas apenas
pelos valores avultados implicados na compra dos decisores cujas vontades
concorrem na formação da decisão, que no caso são os senhores Fidelis Forbs,
Ministro dos Transportes e Telecomunicação, e seu mentor Braima Camará, e o
Presidente da República, Dr. José Mário Vaz, que está a confortar estas
decisões, auxiliado pelo seu Ministro das Finanças, João Aladje Mamadu Fadia.
Face ao exposto, gostaríamos de chamar atenção da
opinião pública nacional e internacional para estas situações.
Guineenses acordem que o barco está a passar, “Fidju
de Si Nsibi Nunca Padidu”.
Cidadão Atento
A CULPA É DO PAIGC. PONTO FINAL.
ResponderEliminarPAIGC É UM BANDO DE FILHOS DA PUTA! FOI PAIGC QUEM ESCOLHEU JOSÉ MÁRIO VAZ COMO SEU CANDIDATO AS PRESIDENCIAIS DE 2014. E AGORA TODOS NÓS TEMOS QUE SEGURAR A BARRA E AGUENTAR O DESCALABRO TOTAL DA REPÚBLICA DAS BANANAS!
OH GOD, PLEASE HELP US!!!
Acabo de ler este para mim é deveras Interessante e pertinente. Este já foi objecto da nossa discussão com este governo mas fizeram orelha de mercador. Não é possível deixar a guinetelecom que devia ser a gestora das infraestruturas de telecomunicações por excelência como se fez nos outros países para pura e simplesmente cedê-la as empresas estrangeiras. A MGI tinha melhores ofertas não em termos de timimg de exploração que era de cinco anos mas também iria reequipar a guinetelecom com materiais de ponta,formar os quadros fornecer equipamentos para governação electrónica e pagar as devidas tanto dos salários como da previdência social. Portanto sem falar aqui dos que já foi citado no artigo sobre o cabo submarino e fibra óptica. Aqui deve existir alguma negociata por isso se fez este tipo de acordo. Tenho dito
ResponderEliminarEstou de acordo meus senhores o banco mundial quer nos impôr os seus projectos,tinhamos um acordo mais vantajoso com a MGI com o qual o estado quer se desfazer,e caso rescinda o contrato assinado com a MGI certamente que terão que indemnizar a empresa em milhões de Euros como aconteceu com o famoso caso do contrato assinado entre a EAGB e uma empresa americana em que o estado guineense foi obrigado a indemnizar milhoes de dolares por ter assinado um contrato que nao soube honrar...
ResponderEliminarEstamos a dar demasiados poderes à essa empresas multinacionais de telecomunicações entregando lhes de bandeja os recursos que deveriam ser controlados pelo estado mandam e desmandam na Guiné-Bissau fazem o k kerem, e não aceitam serem controlados pelo estado, qualquer dia serão suficientemente fortes para nomear o presidente da republica e o primeiro ministro, nó na mata Guiné telecom pa da estrangeiros capitalistas minopolio de telecomunicação... nó bai son diante ki caminho...
ResponderEliminarEstamos a dar demasiados poderes à essa empresas multinacionais de telecomunicações entregando lhes de bandeja os recursos que deveriam ser controlados pelo estado mandam e desmandam na Guiné-Bissau fazem o k kerem, e não aceitam serem controlados pelo estado, qualquer dia serão suficientemente fortes para nomear o presidente da republica e o primeiro ministro, nó na mata Guiné telecom pa da estrangeiros capitalistas minopolio de telecomunicação... nó bai son diante ki caminho...
ResponderEliminarEstamos a dar demasiados poderes à essa empresas multinacionais de telecomunicações entregando lhes de bandeja os recursos que deveriam ser controlados pelo estado mandam e desmandam na Guiné-Bissau fazem o k kerem, e não aceitam serem controlados pelo estado, qualquer dia serão suficientemente fortes para nomear o presidente da republica e o primeiro ministro, nó na mata Guiné telecom pa da estrangeiros capitalistas minopolio de telecomunicação... nó bai son diante ki caminho...
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