O mercado guineense corre riscos de sofrer uma rotura no fornecimento de combustíveis se medidas urgentes não forem tomadas, declarou hoje o presidente da associação de empresas de comercialização de combustíveis, Mamadu Saliu Lamba.
Segundo disse, uma avaria no único terminal de atracagem de navios de transporte de combustíveis, via marítima, encontra-se "praticamente impraticável", pelo que, observou, os operadores são obrigados a importar o produto por via terrestre, a partir do Senegal.
Saliu Lamba alerta, no entanto, que com a época das chuvas, as estradas que ligam os dois países "estão em péssimas condições" e os camiões cisternas enfrentam dificuldades para chegar à Guiné-Bissau.
Aquele dirigente explicou que atualmente o terminal do porto, por onde chegam os combustíveis em Bissau, construído há mais de 40 anos, encontra-se degradado por falta de manutenção regular.
"Sendo assim só nos resta receber combustíveis via terrestre, a partir do Senegal", notou Saliu Lamba.
O empresário também critica o Governo por ainda não aumentar os preços dos combustíveis, o que disse, faz com que os "operadores do setor estejam a perder dinheiro", notou.
Saliu Lama defende que o Governo não aumenta os preços dos combustíveis devido ao facto de a castanha do caju, principal produto de exportação do país, não estar a ser comercializado normalmente e também "para não enervar ainda mais" os sindicatos que exigem reajustes dos salários na Função Pública.
Com todas estas situações, Lamba antevê que "o pior está para chegar" e a Guiné-Bissau poderá conhecer roturas no fornecimento de combustíveis nos próximos tempos, disse.
A Lusa apurou que as principais bombas de abastecimento de Bissau racionaram a venda de gasolina no último fim de semana, aguardando que a situação se resolva a partir de hoje.
As bombas da Petromar, subsidiaria da portuguesa Galp, estão a vender hoje gasolina de forma regular.
LUSA
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