O
presidente do partido Assembleia do Povo Unido (APU) da Guiné-Bissau,
Nuno Nabian, afirmou hoje estar em marcha um alegado plano do actual
Governo do país para prender o líder do parlamento, Cipriano Cassamá.
Segundo
Nuno Nabian, candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais
pelo actual chefe do Estado guineense, José Mário Vaz, o alegado plano
teria como finalidade "forçar a aprovação do programa do Governo" de
Umaro Sissoco Embaló no parlamento.
Nabian não
deu mais pormenores sobre o alegado plano, mas chamou a atenção da
comunidade internacional para o que disse estar em marcha na
Guiné-Bissau. O político fez a revelação numa reunião do partido APU em
Bissau.
"Estão a orquestrar o assalto a
Assembleia Nacional Popular (parlamento). Agora é como se fosse a lei da
selva (uso da força). Vamos avisar que estamos atentos. Chamamos a
atenção da comunidade internacional para que continue a seguir a
Guiné-Bissau", disse Nuno Nabian.
Para o líder
da APU, "não se podem admitir macacadas na política", o que, segundo
disse, passaria pelo "assalto ao parlamento, prender o seu líder e
constituir uma nova mesa" que passaria a dirigir o órgão.
"Estamos à espera desse dia, o dia em que vão assaltar o parlamento", enfatizou Nuno Nabian.
Afirmou
ainda ter sido instado por elementos próximos ao atual poder no país
para que diga qual a posição do seu partido em relação ao Governo de
Umaro Embaló: "Que fique claro que eu sou contra este Governo por ser
inconstitucional e por não respeitar o Acordo de Conacri", disse Nabian.
O
Acordo de Conacri é um instrumento patrocinado pelos países da Africa
Ocidental para ajudar os líderes guineenses a se entenderem para acabar
com a crise política que assola o país há cerca de dois anos.
O
acordo, assinado pelos líderes políticos guineenses na Guiné-Conacri,
visava a formação de um Governo integrado pelos partidos representados
no Parlamento, no entanto, quatro das cinco forças políticas com assento
no órgão não reconhecem a figura escolhida proposta pelo chefe do
Estado para liderar o executivo.
Lusa/Fim
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