PR Guiné-Bissau propõe um “diálogo nacional para salvar o país”
O
Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, instou hoje a classe
política a abraçar o seu repto para "um diálogo nacional" se os
guineenses quiserem "salvar o país e encarar o futuro com confiança".
O
repto do chefe de Estado foi feito num encontro anunciado como sendo
reunião com os cinco partidos políticos com representação no Parlamento,
órgãos de soberania e sociedade civil, mas que acabou por ser uma
comunicação do Presidente aos presentes.
Numa
mensagem lida e sem que os presentes pudessem falar, o Presidente
guineense informou-os sobre o que se passou na cimeira de líderes da
Africa Ocidental que teve lugar na Nigéria no passado sábado e o que aí
foi abordado sobre a crise política na Guiné-Bissau.
Disse
que "em nenhuma circunstância" os líderes da Comunidade Económica de
Estados da Africa Ocidental (CEDEAO) colocaram em causa o Governo em
funções na Guiné-Bissau e muito menos a legitimidade da equipa liderada
pelo primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embaló.
José
Mário Vaz pediu à classe política para que abrace o diálogo para a
busca de uma solução para a saída da crise política "ao invés de
persistência em cavar mais o fosso na sociedade guineense", frisou.
"Entendo
que terminada a busca de uma solução além-fronteira para os nossos
problemas é chegado o momento de assumirmos os nossos desafios nas
nossas próprias mãos. Doravante convido a todos para entramos numa nova
oportunidade de diálogo nacional se quisermos, realmente, salvar o nosso
país", defendeu José Mário Vaz.
Para o chefe
de Estado guineense, para fazer face aos problemas "criados pelos
próprios cidadãos" apenas o dialogo sério e franco "apenas entre os
próprios guineenses" poderá ser a solução.
José
Mário Vaz elegeu a Assembleia Nacional Popular (ANP, Parlamento) como a
"sede por excelência" para o diálogo nacional ainda que o processo
possa conduzir, por vezes, às divergências entre os atores políticos,
notou.
LUSA
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