Domingos
Simões Pereira fez estas declarações na Cidade da Praia, à margem do
encerramento do XV Congresso do Partido Africano para a Independência de
Cabo Verde, considerando no seu discurso o PAICV - Partido Africano da
Independência de Cabo Verde como "partido irmão”.
“Perante
a recusa do Presidente da República, está demostrada a falência de
qualquer alternativa que tem sido forçada pelo Chefe de Estado, ou seja,
quando não se reconhece que há um partido vencedor das eleições não
conseguimos imaginar outra alternativa que não seja a convocação das
eleições antecipadas”, revelou.
A
responsabilidade pela instabilidade política na Guiné-Bissau, afirmou,
já é sentida não só por si e pelo seu partido, mas por todos, atribuindo
a responsabilidade da crise ao Presidente da República.
Simões
Pereira destacou a "evidente incapacidade e impreparação do Presidente
José Mário Vaz em cumprir as suas responsabilidades enquanto o primeiro
Magistrado da Nação.
De acordo com o líder do
PAIGC, o que o seu partido exige é o “respeito pelas regras
democráticas”, lamentando a situação de instabilidade que o país outrora
havia passado e que em 2014 todos acreditavam ter desaparecido e que
realmente a Guiné Bissau estaria a “respirar um ar diferente e ar
fresco”.
No dizer de Domingos Simões Pereira,
José Mário Vaz foi o “único a achar que a sua agenda pessoal se
sobrepunha à agenda” da Guiné Bissau e “provou a sua capacidade em
bloquear o país”.
“Esperemos que aproveite esta oportunidade, a
dupla ilegalidade e inconstitucionalidade do Governo por ele criado,
para agora se conformar com o Acordo de Conacri e dar uma nova esperança
ao país”, pediu.
Apelou à comunidade
internacional (Ecowas_Cedeao) “mais firmeza e mais clareza” nos seus
posicionamentos, sublinhou que o PR já “não faz referência à
Constituição pelas decisões que toma, mas faz referência ao Acordo de
Conacri”.
Pediu ainda respeito ao acordo de
Conacri, esclarecendo que o mesmo não só permite que haja um novo
Governo e consensual, mas também que sejam feitas as reformas mínimas
que permitam criar condições para que o próximo pleito eleitoral
aconteça num “clima de maior tranquilidade e estabilidade”.
À
comunidade guineense em Cabo Verde, Domingos Simões Pereira, que teve
um encontro com ela este sábado na cidade da Praia, lembrou que deixou
uma mensagem de “confiança e de esperança”.
Disse
ainda que recordou aos guineenses residentes em Cabo Verde que pela
“primeira vez” o país estar a enfrentar a sua crise, utilizando
“exclusivamente” as instituições democráticas e argumento da legalidade e
da aplicação das leis, dizendo que isto vai dar “mais esperança ao povo
guineense”.
© EI/Inforpress
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