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Guineendade

Sobre Nós

domingo, 26 de fevereiro de 2017

OPINIÃO: A NOSSA CUMPLICIDADE DO PRESENTE DE UMA DESIGUALDADE EXISTENTE NA NOSSA SOCIEDADE TORNA-NOS EM FUTUROS CRIMINAIS .


Jovens guineenses o nosso comportamento de passivismo só vai adiar os nossos problemas no futuro, porque estamos a criar uma sociedade paralela na guiné, por um lado crianças que tem acesso a escola e uma grande percentagem que não vai a escola e vivem em condições desumanas.

Quem pagara essa factura?serão os nossos filhos porque somos cumplices de um presente que não nos orgulha em nada e fechamos os olhos deixando passar....ai esta a questão...deixar passar... o deixar passar significa que não defendemos os nossos direitos.

É isso que que queremos? uma sociedade injusta?Foi para isso que pedimos a nossa independencia?
Ja se aperceberem que estamos a formar futuros criminais na sociedade,crianças que não tem acesso a educação e não tem a mesma opurtunidade que os nossos filhos. 

O que acham que sera delas dentro de 10 anos ? Estas almas inocentes irão querer sempre se vingar de uma sociedade que lhes discrimou desde cedo. Acham que estes filhos da rua conhecem a justiça?Se a propria sociedade foi cumplice das suas desgraças.Alias onde esta a justiça e o estado de direito este tempo todo?

Nha irmons, ainda vamos a tempo de mudar este pais, não se fechem no vosso mundo egoista lutem por um futuro melhor em que todos teremos os mesmo direitos e que possamos viver em paz.


Lutem pela GUINÉ-BISSAU.


  José Luis




Slides:DW

Infância perdida

Nas paredes desta escola corânica, no Senegal, rabiscos contornam figuras de bonecos e estrelas. Aqui, as fantasias de criança convivem com uma realidade amarga. Meninos conhecidos como talibés são separados da família para aprender o Corão.
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Sem portas nem janelas

Afastada do centro da cidade de Rufisque, no oeste do Senegal, fica esta estrutura
 abandonada, sem portas nem janelas. Esta madrassa, como é chamada a escola 
corânica, abriga cerca de 20 crianças entre três e 15 anos de idade. 
A falta de infraestrutura torna a rotina dos talibés ainda mais penosa.
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Desprotegidos


Este é um dos quartos onde os talibés dormem. 

Não há camas, nem cobertores. 
E também faltam travesseiros. Os meninos deitam-se 
sobre sacos plásticos, no chão de areia. 
Nos dias frios, a maioria fica doente e não recebem
 tratamento médico adequado.
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Aulas sobre o Corão

As crianças são entregues pelos pais aos marabus 

– poderosos líderes  religiosos do país – 

para terem aulas sobre o Corão. Os professores 

têm uma reputação social elevada e é a eles 

que muitas famílias pobres do Senegal e da vizinha 

Guiné-Bissau confiam a educação dos filhos.

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Entre livros

Tábuas com palavras em árabe e exemplares do 
livro sagrado estão espalhados pela madrassa.
Os talibés acordam diariamente 
por volta das cinco da manhã para aprender 
o Corão. Em coro, recitam repetidamente trechos 
do livro sagrado.
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Mendigos

Depois das orações, os meninos são obrigados a pedir 
dinheiro nas ruas e a conseguir algo para comer.
 Cada professor estipula uma quantia diária. Se os meninos 
não conseguem cumprir, são espancados.
"Tínhamos de levar dinheiro para sustentar o marabu e a sua família,
 porque ele vivia disso. Eu sofri muito. 
Uma vez fui espancado porque cheguei atrasado", 
conta o ex-talibé Soibou Sall.
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Amigos de rua

Os talibés vestem-se com roupas velhas e rasgadas 
e a maioria anda descalça. Chegam a mendigar sete horas
 por dia pelas ruas de Rufisque. Eles também pedem esmolas
 perto da estrada que liga a cidade à capital, Dakar. 
Curiosos, estes dois amigos  aproximam-se e pedem 
para ser fotografados. 
E sorriem, apesar da rotina dolorosa.
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Hora da refeição

Sentados no chão de areia, os talibés juntam-se para comer 
o que conseguiram nas ruas.
 Hoje têm arroz, vegetais e alguns pedaços de frango para dividir.
 Há restos de comida espalhados pelo plástico preto.
 "Gosto de viver aqui. Eu tenho paz", diz Aliou, de 8 anos.
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Condições degradantes

Nesse espaço comum fica uma espécie de casa-de-banho
 e há muito lixo no chão. Os meninos andam descalços 
sobre objetos cortantes. Há chinelos e roupas velhas por 
toda a parte. Os meninos são constantemente vigiados
 por adolescentes que foram talibés na infância
 e auxiliam os professores. Agressões são constantes.
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Exploração

As escolas alcorânicas surgiram nas zonas rurais do Senegal. 
Os meninos trabalhavam na lavoura e tinham 
aulas sobre o Alcorão. Com as constantes secas, 
os marabus foram forçados  a aproximar-se das grandes
 cidades, como Dakar. Com dificuldades financeiras para
 sustentar todas as crianças, o incentivo à mendicância infantil 
tornou-se uma atividade rentável.
Koranschulen im Senegal

Sem os pais

Por chegarem muito pequenos às daaras, muitos meninos 
desconhecem o motivo de terem saído da casa dos pais.
 Bala, de 11 anos, não vê a mãe há sete anos.
 "A minha mãe está viva e tenho saudades dela. 
Estou aqui em Rufisque desde muito pequenino. 
Depois da escola, eu vou pedir dinheiro", diz.
 "Preferia viver com os meus pais."
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