A União Europeia (UE) quer ajudar a suprir a falta de espaços culturais na capital da Guiné-Bissau, para o que lançou um projeto de construção de cinco centros culturais para servir 22 bairros de Bissau.
Chiara Guidetti, da delegação da UE na capital guineense explicou que de há uns tempos a esta parte a sua instituição tem vindo a dar atenção particular à cultura, que considera de "elemento importante para identidade" do país.
A responsável acredita que com a promoção cultural a UE estará a ajudar também no processo de construção da nação guineense.
Guidetti defende igualmente que a cultura pode ser um "motor de desenvolvimento mais saudável e duradouro" da Guiné-Bissau, daí a esperança no projeto "Promoção da Economia Criativa", será executado entre atores públicos e privados.
Os centros culturais de bairros terão salas de aula para formação de jovens em artes tradicionais, empreendedorismo cultural, salão de espetáculo e devem funcionar como laboratórios de iniciativas de modo a criar plataforma para comercialização de produtos culturais.
Na Guiné-Bissau apenas as embaixadas de Portugal, França e Brasil contam com espaços de promoção e divulgação cultural. Na esfera privada existe um centro cultural criado por um grupo de jovens num bairro periférico de Bissau.
O projeto da UE ainda não saiu do papel, mas os jovens de vários bairros a serem beneficiados já falam na melhoria da atividade cultural e na descoberta de "talentos escondidos".
Quebá, que se assume como jovem cineasta do bairro de Pssak, deixa rasgados elogios à União Europeia e afirma que a iniciativa visa também "desencorajar os jovens de pensarem na emigração clandestina".
O pintor Qudé, do bairro de Antula, diz ser uma satisfação saber que a cultura vai aos bairros, o que, disse, irá ajudar na economia criativa dos moradores e desta forma proporcionar emprego direto sobretudo aos jovens, notou.
Não foram divulgados os valores do projeto.
Lusa/Guinendade
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