O impasse político continua na Guiné-Bissau, com o novo primeiro-ministro incapaz de formar um novo Governo. Presidente remete-se ao silêncio.
Trinta e três dias depois de Artur Silva ser nomeado primeiro-ministro, a Guiné-Bissau continua sem um novo Governo.
Nenhuma das formações políticas com assento parlamentar, incluindo a do primeiro-ministro, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), aceitou integrar um Executivo chefiado por Artur Silva. O PAIGC insiste na nomeação de Augusto Olivais. E, à semelhança do vencedor das últimas legislativas, os outros signatários do Acordo de Conacri, que prevê a nomeação de um primeiro-ministro de consenso, também estão contra a nomeação de Silva.
Aumenta, por isso, a pressão para convocar novas eleições: "As eleições são a única via para acabarmos com esta crise política e não estas as sanções injustas e ilegítimas!", afirmou Vítor Mandinga, ministro do Comércio do Governo demissionário, em nome dos partidos que apoiam o Presidente José Mário Vaz.
"Vamos todos, nas próximas eleições, escolher líderes que construam o Estado e que consolidem a Nação", acrescentou.
Mandinga é um dos 19 visados pelas sanções da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), devido ao arrastar da crise na Guiné-Bissau.
CNE "está preparada"
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) anunciou, entretanto, que "está tecnicamente preparada" para realizar eleições legislativas dentro do calendário, se for essa a decisão do chefe de Estado guineense.
"Tecnicamente é possível realizar eleições em 2018. Como sabem, é o Presidente da República que marca a data e aguardamos a sua decisão", disse o secretário-executivo da CNE, José Pedro Sambú.
Guineendade/DW
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