A incompetência gritante que se regista a nível das instituições que regulam o desporto nacional deixa qualquer guineense desesperado! A Secretaria de Estado dos desportos e a Federação Nacional de Futebol deixaram transparecer mais uma vez a desorganização que tem caracterizado aquelas instituições e que, por conseguinte, ‘mata’ lentamente a vontade e o espírito de sacrifício dos jovens que, por amor a pátria, ignoram a falta de “savoir faire” dos dirigentes deste país e da federação de futebol para responder e respondem sempre ao chamamento do selecionador em nome do crucificado povo guineense. O fenómeno “lucro” que obceca uma franja da sociedade guineense com o propósito de enriquecer-se rapidamente e de uma forma ilícita mina completamente os valores da transparência na gestão da coisa pública nesta terra, que após a independência se sonhava ser transformada num país de “homens íntegros”.
Infelizmente tudo era uma miragem! Porque os vírus malignos da corrupção se alastraram por toda a parte, em particular nos desportos, onde as pessoas se importam mais em apoderar-se dos fundos doados pelas Federações e outros parceiros. O governo, através do ministério que tutela os desportos, é o único responsável pela desastrosa desorganização que abala as diferentes modalidades desportivas, em particular o futebol, devido a ausência de uma política nacional dos desportos que dinamize o setor, tendo em conta a potencialidade desportiva que a Guiné-Bissau ostenta.
Assana Sambu
ODEMOCRATA
A corrupção enraizada neste pedaço da terra, baseada na cultura de “dubriagem”, atingiu fortemente a federação nacional de futebol, que para já tornouse inútil, sem nenhuma visão clara de concepção de projetos ou programas ambiciosos para impulsionar o futebol nacional, à semelhança dos países da subregião que vêem no futebol uma alavanca para dinamizar o desenvolvimento bem como uma indústria de emprego da camada juvenil.
É preciso uma visão para encarrar o desporto, em particular o futebol, como uma indústria para gerar emprego e capaz de contribuir significativamente para o desenvolvimento do país. É chegada a hora de organizarmo-nos e se o conseguimos, é possível transformarmos a Guiné-Bissau no Brasil de África. Infelizmente os sucessivos governos nunca perceberam isso e todos geriram o assunto do desporto de uma forma mecânica, sem nenhum projeto concreto.
É preciso uma visão para encarrar o desporto, em particular o futebol, como uma indústria para gerar emprego e capaz de contribuir significativamente para o desenvolvimento do país. É chegada a hora de organizarmo-nos e se o conseguimos, é possível transformarmos a Guiné-Bissau no Brasil de África. Infelizmente os sucessivos governos nunca perceberam isso e todos geriram o assunto do desporto de uma forma mecânica, sem nenhum projeto concreto.
A ausência de uma política nacional do desporto levou o governo a perder o controlo da federação de futebol na gestão dos fundos recebidos da parte da Federação Internacional de Futebol estimados em centenas de milhares de dólares norte-americanos. Aliás, ouvimos as sucessivas denúncias públicas da parte dos próprios elementos da Comissão Executiva da Federação Nacional de Futebol, que demostram claramente a desorganização e o nível da corrupção que abala aquela instituição. Por isso, urge que o executivo avance com uma auditoria internacional à federação, depois seguir para a fase da responsabilização jurídica, caso sejam comprovados os indícios da corrupção, que é evidente… É difícil acreditar que a seleção principal “DJURTUS” foi jogar em Moçambique sem nenhum jornalista nacional na comitiva para cobrir o jogo, no sentido de reportar o jogo e o ambiente ao povo que paga as despesas das logísticas da equipa nacional. É bom que fique claro para os amadores e (in) competentes do ministério que tutela desportos e da federação que não é favor levar jornalistas na comitiva. É uma obrigação em nome do direito à informação que o povo tem, de acordo com a Constituição da Guiné-Bissau. Negar este direito ao povo é clara violação da lei magna. E desrespeitar a Constituição é simplesmente cometer um crime e por isso o responsável jamais pode ficar impune…
Ninguém pode, em nome do proveito próprio, cortar o nome de jornalista numa comitiva para poder beneficiar daquela migalha deperdiem, porque nenhum post no facebook ou vídeos diretos podem substituir um trabalho técnico jornalístico de informar a opinião pública.
E se alguém tiver dificuldades de compreender isso por um ou outro motivo, então que se demita e dê lugar às pessoas capazes de apresentar projetos concretos para o desenvolvimento do futebol nacional que passa necessariamente pelo aspecto da organização e de saber fazer.
Assana Sambu
ODEMOCRATA
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