O cenário negro não é novidade para o país, mas as eleições de 2014 acalentaram esperança num desenvolvimento sustentado, esperança renovada com a adesão de apoios à mesa redonda de doadores de 2015.
Mas desde que o Presidente da República, José Mário Vaz, decidiu derrubar o governo em agosto de 2015, não voltou a haver um executivo que pusesse o parlamento a funcionar e a confiança esfumou-se.
Como noutras tantas ocasiões ao longo dos 42 anos de independência, as querelas políticas, pessoais e motivações desconhecidas falaram mais alto que os interesses do país, cujo desenvolvimento continua adiado.
Assim, o ano de 2017 começa sem orçamento de Estado, nem programa de governo aprovados, tal como em 2016 também não houve, pelo que Augusto da Silva teme que se agravem os problemas em setores básicos como educação e saúde.
«O Presidente da República é o único responsável pela crise», aponta aquele responsável.
O chefe de Estado «revela incapacidade em convencer a classe política dos seus propósitos. Mesmo nós, sociedade civil, não percebemos quais são», face à decadência do país.
Seja qual for o desfecho da crise – com ou sem eleições antecipadas – o que faz falta é «diálogo franco» entre os políticos da Guiné-Bissau para o país poder avançar, aponta o líder da Liga dos Direitos Humanos.
Pode parecer uma receita gasta e que nunca funcionou na Guiné-Bissau, mas Augusto da Silva insiste em apontá-la como o único caminho.
«É preciso que os políticos se predisponham a dialogar e assumir compromissos», sublinhou – apesar de reconhecer que, para já, reina a crispação e falta de consenso.
Ao nível da saúde financeira, o diretor do banco central, João Fadia, anunciou no início de dezembro que a situação «é boa» tendo em conta as reservas cambiais e o nível de inflação - que acabou por ser situar na ordem de 2,6% quando se previa que pudesse chegar a 3%.
«Financeiramente, a situação do país está boa, em termos das finanças públicas é outra coisa», disse o diretor nacional do Banco Central dos Estados da África Ocidental, remetendo para o governo guineense uma resposta conclusiva.
A questão está em saber: que governo? Na altura em que falou, o país estava sem executivo há 20 dias, depois de ter tido quatro governos em pouco mais de um ano – e o ambiente político não deixa antever melhores perspetivas para 2017.
Mais uma vez, o que vai valer à maioria da população para ter comida na mesa é a campanha de caju, principal produto de exportação do país, e talvez seja melhor começar já a rezar para que o preço se mantenha alto nos mercados internacionais como em 2016.
Mas desde que o Presidente da República, José Mário Vaz, decidiu derrubar o governo em agosto de 2015, não voltou a haver um executivo que pusesse o parlamento a funcionar e a confiança esfumou-se.
Como noutras tantas ocasiões ao longo dos 42 anos de independência, as querelas políticas, pessoais e motivações desconhecidas falaram mais alto que os interesses do país, cujo desenvolvimento continua adiado.
Assim, o ano de 2017 começa sem orçamento de Estado, nem programa de governo aprovados, tal como em 2016 também não houve, pelo que Augusto da Silva teme que se agravem os problemas em setores básicos como educação e saúde.
«O Presidente da República é o único responsável pela crise», aponta aquele responsável.
O chefe de Estado «revela incapacidade em convencer a classe política dos seus propósitos. Mesmo nós, sociedade civil, não percebemos quais são», face à decadência do país.
Seja qual for o desfecho da crise – com ou sem eleições antecipadas – o que faz falta é «diálogo franco» entre os políticos da Guiné-Bissau para o país poder avançar, aponta o líder da Liga dos Direitos Humanos.
Pode parecer uma receita gasta e que nunca funcionou na Guiné-Bissau, mas Augusto da Silva insiste em apontá-la como o único caminho.
«É preciso que os políticos se predisponham a dialogar e assumir compromissos», sublinhou – apesar de reconhecer que, para já, reina a crispação e falta de consenso.
Ao nível da saúde financeira, o diretor do banco central, João Fadia, anunciou no início de dezembro que a situação «é boa» tendo em conta as reservas cambiais e o nível de inflação - que acabou por ser situar na ordem de 2,6% quando se previa que pudesse chegar a 3%.
«Financeiramente, a situação do país está boa, em termos das finanças públicas é outra coisa», disse o diretor nacional do Banco Central dos Estados da África Ocidental, remetendo para o governo guineense uma resposta conclusiva.
A questão está em saber: que governo? Na altura em que falou, o país estava sem executivo há 20 dias, depois de ter tido quatro governos em pouco mais de um ano – e o ambiente político não deixa antever melhores perspetivas para 2017.
Mais uma vez, o que vai valer à maioria da população para ter comida na mesa é a campanha de caju, principal produto de exportação do país, e talvez seja melhor começar já a rezar para que o preço se mantenha alto nos mercados internacionais como em 2016.
LUSA/GUINENDADE
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