http://e-global.pt/noticias/lusofonia/guine-bissau/interpol-alerta-que-narcotraficantes-podem-apoderar-se-de-ilha-no-arquipelago-de-bijagos/
O Director do Gabinete Central Nacional da Interpol, Martinho Camará,
alertou que os narcotraficantes podem apoderar-se de uma das ilhas de
arquipélagos da região de Bolama/Bijagós, no sul da Guiné-Bissau.
“Estamos face a um risco iminente de narcotraficantes aproveitarem-se de
uma das ilhas de Bijagós para fazerem um laboratório de drogas, quando é
assim, é um perigo para o país assim como para o mundo”, disse.
Em exclusivo para a e-Global,
Martinho Camará disse ainda que agora a Guiné-Bissau não é considerada
como um país de trânsito, produtor ou consumidor de droga, mas sublinha
que o tempo o país poderá vir a ser considerado como consumidor de
drogas, com especial destaque para o Crack.
Para fazer face a esta
realidade, Camará lembrou que a Guiné-Bissau detêm muitas ilhas e que
devido às limitações das autoridades, tornou-se complexo controlar as
localidades na região de Bolama/Bijagós.
Por outro lado, o
Director do Gabinete Central Nacional da Interpol refere que a sua
organização tem suspeitado que muitas viaturas de alta gama que circular
no país, sejam de origem duvidosa. “Temos a suspeitas sobre estas
viaturas de alta gama que circulam na Guiné-Bissau, que podemos dizer
que são de origem de muitas duvidosas” sobre as quais a Interpol tem uma
atenção particular, disse Camará.
Para travar a situação já
identificada, Martinho Camará solicitou uma operação conjunta entre a
Interpol, Comando Geral da Guarda Nacional, e adiantou que operações da
mesma natureza resultou na apreensão de várias viaturas roubadas em
países da sub-região, nomeadamente Senegal, Mali e Costa de Marfim, as
quais foram devolvidas aos seus proprietários.
Sobre o Workshop
que abordou a questão da rota de cocaína, que teve lugar de 14 a 16 de
fevereiro em Bissau, Camará apelou aos participantes no encontro de
porem em prática os conhecimentos adquiridos no encontro de três dias,
que juntou na capital guineense participantes de Cabo Verde, Senegal,
Nigéria, Gana, Peru, Bolívia e Colômbia.
Como balanço, o
responsável da Interpol na Guiné-Bissau, considerou positivo o encontro,
citando como exemplo a experiência apresentada pelos formadores que
explicaram os processos desde a fase de plantação dos diferentes tipos
de drogas, a sua colheita e comercialização a partir do país de origem
até ao país de destino, assim como os trânsitos no país de consumo
final.
Fonte:
sexta-feira, 31 de março de 2017
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