O Comentador Permanente da Rádio Sol Mansi (RSM) considera de “muito má”, no Estado de direito democrático, a repreensão da vigília pela força de segurança ao Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados
A manifestação pacífica de Cidadãos Inconformados com a crise política foi dispersada, no sábado, de forma violenta, pelas forças de segurança que recorreram a granadas de gás lacrimogéneo e há cacetadas para dispersar os manifestantes, que estavam numa vigília e que resultou na prisão de alguns membros.
O politólogo Rui Jorge Semedo disse, esta segunda-feira (10/04), durante uma entrevista exclusiva á RSM, que esta atitude é condenável no estado direito democrático e visa silenciar a sociedade civil por isso os gestores do actual governo devem repensar os seus posicionamentos.
“Se o cidadão sair às ruas manifestando os seus direitos conforme a constituição da república e as autoridades saírem com as suas forças reprimindo os cidadãos é muito mau. Já não é um bom sinal. Não devem endurecer porque a democracia não aceita a camisa de força. Na democracia 1uando se usa a camisa de força as coisas poderão arrebentar e quem fica mal é que controla o poder”, aconselha.
Rui Jorge Semedo exorta por outro lado o ministro do Interior, Botche Cande, a assumir o seu papel enquanto responsável para criar um clima de paz e de estabilidade na relação entre o Estado e a Sociedade Civil.
“Enquanto ministro e todos os seus comandantes devem ser muito ponderados para não deixarem perder o fim do controlo porque não é com mecanismo de repressão que as pessoas serão controladas. Que continuem com as atitudes desde o primeiro momento de manifestação (criando seguranças necessárias) ”, defende.
Aos manifestantes Semedo pede que continuem com as atitudes pacíficas reivindicando os seus direitos mas respeitando as autoridades.
“Só com comportamentos recíprocos podemos exigir e exigir a outra parte reconhecer os nossos direitos”, alerta.
A RSM sabe que o movimento manteve encontro esta segunda-feira com o primeiro-ministro e também o parlamento solicitou um encontro com o Movimento dirigido por Sana Cante.
RSM/GUINENDADE
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