Em entrevista à agência Lusa em Lisboa, Aristides Gomes referiu que as medidas para o saneamento das finanças "têm sido frutíferas" e geraram "alguma poupança".
"Essas poupanças estão a ser reinvestidas, nomeadamente na melhoria das infraestruturas (...) na aceleração do escoamento da castanha de caju, investimentos na campanha agrícola e fornecimento de sementes aos camponeses" ou na "melhoria das condições de vida dos servidores da saúde no interior do país", exemplificou.
Segundo o chefe do Governo guineense, o objetivo desta medida é "fazer uma consolidação orçamental a partir do tesouro para que todas as receitas tenham uma única canalização", uma vez que antes nem todas as receitas das empresas públicas davam entrada nos cofres do Estado.
Para Aristides Gomes, o saneamento das finanças públicas vai permitir ainda "atrair mais investimentos, dar mais credibilidade ao próprio Estado, aumentar a solidez da soberania do Estado porque sem essa autonomia na execução de despesas o Estado não tem credibilidade nenhuma".
Este programa está a ser apoiado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), o que permite obter "mais crédito junto de instituições que dão ajuda ao desenvolvimento", dos "países parceiros" ou dos bancos.
Segundo o primeiro-ministro, este acordo com o FMI representa uma "facilidade de crédito de mais de quatro milhões de dólares que vão ser reinvestidos sobretudo na área social".
Aristides Gomes referiu que os objetivos de curto prazo para o país são ainda, em termos políticos, a realização de eleições e depois as reformas do Estado no "setor de defesa e segurança, justiça, administração pública, administração económica" e "maior clarificação e adequação da Constituição" à sociedade guineense.
Questionado sobre se essas alterações à Constituição visam reforçar os poderes do Presidente, o chefe de Governo escusou-se a especificar, referindo que essa não é uma missão para o atual Governo, que pretende apenas "abrir o debate".
O executivo pretende pedir ao parlamento guineense que discuta a possibilidade de se realizarem referendos no país para que seja a população a decidir sobre as eventuais alterações à Constituição, disse, referindo "as diferenças" na classe política sobre o assunto.
Em relação à preparação das eleições legislativas, previstas para 18 de novembro, uma das principais funções do atual Governo, Aristides Gomes referiu que "há promessas" da comunidade internacional para apoiar o processo e adiantou que o Governo já comprou os 'kits' para o recenseamento biométrico.
Segundo o primeiro-ministro, este avanço poderá levar a que a comunidade internacional desbloqueie a verba que prometeu.
Aristides Gomes falava à Lusa durante uma escala em Lisboa a caminho de Bruxelas, onde se encontra na quinta-feira com o comissário europeu da Cooperação Internacional e Desenvolvimento, Neven Mimica.
De acordo com o chefe do Governo, a União Europeia comprometeu-se em apoiar as eleições legislativas com 1,5 milhões de euros, de um total estimado em 6,6 milhões de euros. Há ainda compromissos da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e de vários parceiros, disse.
O objetivo desta visita a Bruxelas, acrescentou, é explicar "os avanços" para criar "as condições materiais e subjetivas" para as reformas de Estado que conduzam a Guiné-Bissau "a uma estabilização definitiva em termos políticos".
Sobre a mensagem que pretende deixar aos guineenses na diáspora, o primeiro-ministro admite que a situação do país "é difícil", mas isso "não é razão para cruzar os braços e esperar um milagre".
"Nós estamos à procura de fórmulas mais adequadas para as nossas instituições estatais para as adequar à nossa sociedade e fazê-las funcionar para o desenvolvimento económico e social do nosso país. É preciso não perdermos a esperança e não nos resignarmos à situação atual e trabalhar", disse.
Lusa
Lusa
Quais infraestruturas ????????
ResponderEliminarFORÇA FORÇA FORÇA MON PREMIER MINISTRE!!!
ResponderEliminarACHO MUITO FÁCIL FAZER GUINÉ-BISSAU UM PAÍS VIÁVEL. MUITAS VEZES, NÃO É A FALTA DA CAPACIDADE OU DA COMPETÊNCIA MAS SIM A FALTA DE CONSCIÊNCIA E A POBRE ESTADO DE ESPIRITO/A POBRE MENTALIDADE DOS GUINEENSES QUE SEMPRE CRIAM ENTRAVES A TUDO E A TODOS...
CONSTRUIR UM PAÍS, SEM SOMBRA DE DÚVIDA, É UMA TAREFA ÁRDUA E COMPLICADA. MAS SERIA AINDA MAIS DIFÍCIL QUANDO ESTAMOS A FALAR DE UM POVO INDISCIPLINADO/REBELDE E SEM GRANDE AMBIÇÃO OU CLARA VISÃO DO QUE É POSSÍVEL...
A GUINÉ PODE ANDAR COM OS SEUS PRÓPRIOS PÉS ATÉ ATINGIR UM NÍVEL ACEITÁVEL DE DESENVOLVIMENTO. O QUE FALTA E CONTINUAR A FALTAR SÃO LÍDERES A ALTURA DO DESAFIO. A GUINÉ-BISSAU COM UM BOM PRESIDENTE E PRIMEIRO MINISTRO, DENTRO DE 10 ANOS, O PAÍS SERIA COMPLETAMENTE DIFERENTE E AVANÇARIA EM TODOS ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO. MAS PRONTO, A IGNORÂNCIA E O POBRE ESPIRITO DO GUINEENSE ESTARÃO SEMPRE NO CAMINHO!
JOMAV E DOMINGOS SIMÕES PEREIRA TINHAM TUDO TUDO TUDO MAS TUDO PARA DAR CERTO E FAZER DA GUINÉ-BISSAU UM PAÍS VIÁVEL. MAS E NESTE CASO VIMOS UMA TREMENDA FALTA DE CONSCIÊNCIA E DA CAPACIDADE DE LIDERANÇA JUNTANDO COM AQUELE ESPIRITO POBRE POBRE POBRE DO GUINEENSE DEITARAM TUDO TUDO TUDO PARA BAIXO.
É MUITO TRISTE QUANDO A IGNORÂNCIA MATA MILHARES E MILHARES DAS PESSOAS DES-NE-CES-SÁ-RIA-MENTE!!!
O senhor pergunta das infraestruturas? ? Durante os três da vossa governação nem sequer construiram um metro de estrada. Calem e aprendam como se deve governar.
ResponderEliminarA.Bangura ,quem governou durante 3 anos foi quem ganhou as eleicoes em 2014 .
EliminarPor amor de Deus, sejam razoáveis. Este tipo de propaganda barata faz mal ao país.
ResponderEliminar