UE PREOCUPADA COM A MOROSIDADE NA FORMAÇÃO DO GOVERNO NA GUINÉ-BISSAU
A União Europeia(UE) lamentou esta quinta-feira, 09 de maio de 2019, a morosidade na formação do governo resultante das Eleições legislativas na Guiné-Bissau, após dois meses da realização do escrutínio no país.
A preocupação da UE foi manifestada pelo Encarregado do Negócio da representação na Guiné-Bissau, Alexandre Borges, na cerimônia da celebração do Dia da Europa, onde alertou o Presidente da República, José Mário Vaz a respeitar a decisão do povo guineense.
"Amanhã faz já dois meses sobre esse importantíssimo avanço. O povo falou mas sem a formação de um executivo ainda não foi ouvido, parece-me. Mas, sem governo, será mais difícil realizar as presidenciais atempadamente de acordo com a lei eleitoral e fechar o círculo previsto em Conacri e acabar a crise política, afirmou Borges.
Visivelmente preocupado, Borges fez lembrar às autoridades guineenses, que a UE empenhou-se fortemente em apoiar o último escrutínio no país, tanto monetariamente como em esforço profissional e algum logístico.
" O apoio financeiro ao Ecomib de 1 de janeiro de 2018 a 3 de setembro de 2019 é em grande parte justificado pelas eleições. Aí são 12, 5 milhões de euros. A contribuição direta para o Fundo Comum gerido pelo PUND, foi de 2,5 milhões de euros", declarou Borges.
Segundo o encarregado estes apoios são recursos dos contribuintes europeus, e doutros, gastos para ajudar o povo deste país a recuperar a voz.
Discursando na presença de alguns membros do governo guineense, Borges revela também que a UE está disponível para contribuir financeiramente mais uma vez para as eleições presidenciais da Guiné-Bissau, ainda sem data marcada.
Dois meses depois da realização das eleições legislativas, os guineenses continuam a não conhecer o governo resultante do processo eleitoral de 10 de março último.
A situação política da Guiné-Bissau afetou por completo a vida dos cidadãos guineenses.
De recordar que a crispação iniciou na composição da mesa do parlamento que irá dirigir aquele órgão no passado dia 18 de abril, quando a candidatura do coordenador do Movimento Democrática (MADEM-G15), Braima Camara, ao cargo de segundo vice-presidente da mesa do hemiciclo, foi chumbada.
A indicação de Camará obedece ao dispositivo legal que diz que caberá ao segundo maior votado a indicação do segundo vice-presidente do parlamento, mas foi negada pela maioria dos deputados presentes naquela sessão inicial da X legislatura do hemiciclo guineense.
Camará obteve 47 votos a favor, 50 votos contra e três abstenções,
entre 100 deputados presentes na sala.
entre 100 deputados presentes na sala.
Por: AC
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