A ministra da Mulher, Família e Coesão Social do demitido governo afirma que apesar de 52 por cento da população guineense ser mulher, ela figura na lista dos mais vulneráveis nas diferentes categorias sociais.
Maria Evarista de Sousa |
Maria Evarista de Sousa que presidia, hoje em Bissau, a cerimónia de Lançamento do Relatório do PNUD sobre o Desenvolvimento Humano 2016 em África, aponta como uma das causas dessa situação, as “acentuadas desigualdades de oportunidades” em relação aos homens, promovida pelas famílias.
Para Evarista de Sousa, “não pode haver mudanças positivas e ganhos sociais relevantes e duradouros, quando um grupo social, neste caso a mulher, não participa, na plenitude, no processo de desenvolvimento”.
“O relatório revela uma preocupação e demonstra que, ainda há muito por fazer a favor da igualdade e empoleiramento da mulher em África, incluindo na Guiné-Bissau”, acrescenta.
A governante em gestão disse que o esforço do governo vai no sentido de reduzir as disparidades de género e garantir a mudança “gradual” de mentalidades tanto no homem, com na mulher.
Para a Representante do PAM, que falou em nome da Coordenadora do Sistema das Nações Unidas na Guiné-Bissau, o acto representa uma oportunidade para se reflectir sobre o papel e o lugar da mulher na sociedade, dando atenção os seus desafios e anseios.
Kiom Kiymi Kawaguchi salienta que o relatório analisa a condição das mulheres em África, abordando os aspectos como as práticas tradicionais, passividade das instituições nacionais e do continente relativamente aos seus “sofrimentos” e aponta soluções para superar estes desafios.
Esta responsável da ONU referiu que actualmente as mulheres africanas alcançam apenas 87 por cento dos resultados do desenvolvimento humano dos homens.
E disse que o quadro de parceria entre a Guiné-Bissau e as Nações Unidas 2016-2020, integra o género como um assunto chave transversal , no qual se deve incluir a perspectiva do género, abordando as dificuldades e desafios das mulheres e o seu pontencial no processo de desenvolvimento.
Por fim apelou aos governos africanos a formularem metas, com prazos estabelecidos, para medir os progressos, com vista a igualdade de género e promete o apoio da comunidade internacional neste domínio.
ANG/GUINENDADE
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