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segunda-feira, 21 de novembro de 2016

WATCHÁ KATCHÉU: CIPRIANO CASSAMÁ PEDE ESCLARECIMENTOS DA CEDEAO SOBRE NOME ESCOLHIDO PARA PRIMEIRO-MINISTRO

O líder do Parlamento da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, instou hoje o mediador da crise política no país, o Presidente da Guiné-Conacri, no sentido de esclarecer quem de facto foi escolhido de forma consensual para ser Primeiro-ministro nma Guiné-Bissau.
 
Para o presidente do Parlamento guineense, o chefe do Estado da Guiné-Conacri, Alpha Condé, deve tomar uma posição pública para acabar com as interpretações que se fazem em relação ao Acordo de Conacri e à volta do nome do primeiro-ministro.
 
"Entendo que o momento atual desta crise reclama uma inequívoca e firme intervenção de quem tem a tarefa de mediar este conflito e monitorizar a implementação dos acordos, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), de forma a esclarecer, em definitivo, neste país, o que ficou decidido em Conacri", observou Cipriano Cassamá.
 
O acordo de Conacri prevê, entre outros, que o primeiro-ministro deve ser escolhido de forma consensual e que seja uma figura de confiança do Presidente guineense, José Mário Vaz, mas cada uma das partes signatárias do documento tem a sua versão sobre o entendimento alcançado.
 
No meio das interpretações diferenciadas, o Presidente guineense nomeou na sexta-feira o general na reserva Umaro Sissoco Embaló como primeiro-ministro, a quem incumbiu a tarefa de formar um Governo com todos os partidos representados no Parlamento.
Dois partidos signatários do acordo de Conacri, o PAIGC e a União para Mudança, já se mostraram contrários à nomeação de Sissoco Embaló e demarcaram-se do futuro Governo, que dizem não reconhecer.
 
Os dois partidos também pediram à CEDEAO que divulgue o relatório ou as atas das reuniões realizadas na capital da Guiné-Conacri.
 
O presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá, afirmou hoje, no discurso de abertura das jornadas parlamentares das mulheres, que o hemiciclo "não será hostil" a um novo Governo, mas esclareceu que não lhe compete, enquanto líder do órgão, determinar a aprovação ou não do respetivo plano de ação.
 
Cassamá lembrou que isso dependerá dos órgãos internos do Parlamento, que promete convocar para reunião na terça-feira.

1 comentário:

  1. A dignidade não tem preço,portanto esperanos que Cassamá vai preservar a sua perante os factos neste processo.

    A postura de um estadista,é ouvir analisa e saber tomar posição com elevação e sentido de estado a pensar no povo que o elege;nunca esquecer - " O POVO É QUEM MAIS ORDENA NUMA VERDADEIRA DEMOCRACIA".

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