Bissau,29 Nov 16 - O governo da Guiné-Bissau e parceiros
internacionais inauguraram no último fim de semana no Hospital Simão Mendes,
principal unidade de saúde do país, um bloco operatório moderno para cesarianas
que esperou dois anos para funcionar.
"Técnicos do
Hospital Simão Mendes, valorizem este equipamento", pediu o
secretário-geral do governo, Olívio Pereira, que representou o
primeiro-ministro Umaro Sissoco na cerimónia.
O objetivo é
diminuir a mortalidade materno-infantil na Guiné-Bissau, destacou Kourtoum
Nacro, representante do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), um
dos doadores das duas salas de operações.
Partos que
requerem cesariana e com hemorragias associadas são a principal urgência que o
Hospital Simão Mendes recebe todos os dias, segundo dados da unidade.
O bloco da
maternidade estava pronto a funcionar há dois anos, mas a abertura foi sendo
adiada pela direção do hospital por alegada falta de técnicos, obrigando as
grávidas a depender do bloco geral de cirurgias, mais antigo, com menos
equipamento e mais pacientes.
Kourtoum Nacro
lamentou a situação em entrevista à Lusa, há duas semanas, e considerou já não
haver desculpas para os atrasos depois de o UNFPA ter contratado especialistas.
"Se houvesse
organização e coordenação o bloco da maternidade já podia estar a funcionar",
referiu.
O anúncio da
inauguração surgiu poucos dias depois e a primeira cesariana deverá acontecer
na próxima semana, depois de uma desinfeção profunda do bloco.
ANG/Guineendade
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