A Presidente do Partido Unido Social Democrática (PUSD), Carmelita Pires, anunciou hoje o abandono, por tempo indeterminado, à vida politica activa na Guiné-Bissau, por motivo de falta de respeito pelas de sã convivência democrática.
Carmelita Pires que falava à imprensa a saída de uma reunião com a Comissão Política de PUSD, disse que o actual momento político do país não lhe motiva a continuar nesse caminho, para alem de outras questões internas do seu partido.
“Não é fácil liderar uma formação política num contexto de bipolarização política dos partidos minoritários, sobretudo na situação da instabilidade, porque as tendências se manifestam, e nota-se que cada qual começa agilizar-se de um lado para outro e começam a andar por volta dos partidos maiores razão pela qual chamam-nos de satélite dos partidos maiores”, considerou.
Aquela responsável acrescentou, por outro lado, que para os partidos menores predomina um total bloqueio do sistema da sobrevivência financeira assim como de concretização dos seus projetos, e que, por isso, decide retirar-se da política para continuar o seu percurso.
No seu ponto de vista , a Guiné-Bissau está longe de andar num bom caminho, visto que,”em nenhum país do mundo, em três anos, se conhece cinco primeiro-ministros”.
“O desentendimento político vigente no país, conduziu-nos hoje a escolher um Primeiro-ministro da confiança do Presidente da República, que nos vai levar, mais uma vez, na incerteza de como vai ser formado o esperado governo”, referiu.
Carmelita Pires salientou que actualmente a maior preocupação do povo é se a Assembleia Nacional Popular vai retomar ou não a sessão, assim como o funcionamento normal do Hospital Nacional Simão Mendes.
Questionado sobre o que deve ser feito para que o país saia da actual crise política, Carmelita Pires destacou que a Guiné-Bissau, apesar de ter enfrentado problemas ao longo dos anos, nunca deixou de produzir bons filhos.
“É necessário apostar em novas caras tanto ao nível interno como externo. O que significa dar oportunidades aos mais novos quadros”, sustentou.
Carmelita Pires foi ministra da justiça em varias ocasiões na Guiné-Bissau.
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