O artista plástico guineense, Carlos Alberto Teixeira de Barros, vulgarmente conhecido por “CarBar” criticou hoje que os governantes guineenses desconhecem as artes e que nunca demostraram algum interesse pelo sector.
Em declarações exclusivas à ANG, o artista disse que nenhum ministro da Cultura chegou de participar nas exposições de artistas plásticos aqui no país, salientando que o único governante que marcava presença era o então Primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior.
“A arte é desconhecida e não existe nenhum apoio por parte dos governantes. Os apoios de que já beneficiamos foram dados pelo Instituto de Camões, Centro Cultural Brasileiro e francês para exposições dos nossos quadros, apesar termos uma Associação“, frisou.
Carlos Barros afirmou que é difícil viver como artista plástico na Guiné-Bissau, porque ganham pouco com os seus trabalhos.
Lembrou que ele é arquitecto de profissão e autodidacta, acrescentando que tem se dedicado à artes plásticas desde criança, tendo aprendido muito com Augusto Trigo e outros.
Explicou que durante seu estudo na antiga União Soviética, frequentava ateliê de alguns pintores, para conhecer de perto quais os materiais que eram necessários para pintar, e disse que participou em várias exposições como estudante, em muitos países.
CarBar referiu que apesar de ter pintado mais de mil quadros durante a sua carreira artística ganha mais com a sua própria profissão vendendo plantas e projectos de casas, esculturas e traduções linguística.
Anunciou que tem um projecto em parceria com a Embaixada de Portugal no país e o Instituto Camões para fazer uma antologia de artistas plásticos, desde pintores, escultores, tecelões e grafistas, e que também pretende editar livros sobre as artes.
A concluir Carlos Barros revelou que, entre os seus quadros, o que mais o marcou é o de um ancião, pensando no futuro da geração vindoura.
GUINENDADE/ANG
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