O ministro do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável defendeu hoje em Bissau a necessidade de conservação das zonas húmidas do país de modo à promover o crescimento industrial.
António Serifo Embaló falava por ocasião da celebração da Jornada Mundial das zonas húmidas que se assinalou junto ao parque natural de N’batonha sob o lema “ As Zonas Húmidas para Educação de Catástrofes”.
“A Guiné-Bissau conheceu nos últimos tempos uma forte pressão sobre os seus recursos naturais e essa pressão vem ganhando proporções preocupantes transformando-se na ameaça a existência humana”, refere o governante.
Serifo Embaló disse que o perigo de extinção de algumas espécies e a perda da diversidade biológica estão ligadas as mudanças climáticas tais como o aumento do nível médio do mar tendo como consequência a erosão costeira e inundações, aumento de temperaturas nas épocas tradicionalmente mais frescas.
Acrescentou que estão igualmente ligados a diminuição da pluviométrica evidenciada por uma baixa considerável de meses de chuva e surgimento de ventos fortes.
“A política do actual governo reconhece a importância das zonas húmidas no que concerne a diversidade biológica, por isso a luta para a garantia da conservação do meio ambiente e das zonas húmidas seria impossível caso não existisse esforços coordenados dos sectores público e privado”, disse o ministro do Ambiente.
António Serifo Embaló prometeu não poupar esforços no sentido de desbloquear os fundos disponibilizados para a execução das actividades a favor das zonas húmidas, tendo recomendado mais empenho para a defesa e conservação de uma fonte de riqueza que são as zonas húmidas do país.
Por sua vez, o director-geral do Instituto de Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP), Alfredo Simão da Silva desacou que uma zona húmida deve ser considerada como um factor de desenvolvimento por motivo da sua riqueza em biodiversidades.
“Na Guiné-Bissau, a primeira actividade deste carácter foi realizada em Lagoa de Cufada em 2002, sob o lema - “Organização do Gabinete de Planificação Costeira”, facto que tornou numa prática anual ao longo dos anos”, recordou aquele responsável.
A iniciativa foi do Gabinete de Planificação Costeira, a Wetlands Internacional, o Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas, ONGs Monte Ace, a Organização para Defesa de Conservação das Zonas Húmidas em estreita colaboração com a Câmara Municipal de Bissau.
E conta com apoios dos parceiros de desenvolvimento tais como Banco Mundial, União Europeia, Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) entre outras.
GUINENDADE/ANG
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