Video of Day

Guineendade

Sobre Nós

sábado, 19 de janeiro de 2019

NOTICIAS AO MINUTO: FMI ACONSELHA GOVERNO DA GUINÉ-BISSAU A EVITAR ATRASADOS E DESPESAS NÃO REGULARIZADAS

Photo de Bissau On-line.



A missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) que se encontra no país aconselhou, na tarde desta sexta-feira, 18 de janeiro de 2019, o governo guineense no sentido de evitar dívidas atrasadas e, sobretudo, despesas não regularizadas, tendo em conta a fraca mobilização de receita interna durante 2018. Contudo, sustentou que o projeto de orçamento de presente ano (2019) prevê um aumento da receita pública e um défice abaixo dos 3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
A advertência foi tornada pública numa conferência de imprensa conjunta realizada entre a equipa do fundo chefiada por Tobias Rasmussen, com o primeiro-ministro guineense igualmente titular do pelouro da Economia e das Finanças, que se fazia acompanhar dos Secretários de Estado do Tesouro e do Orçamento e Assuntos Fiscais, bem como da Diretora Nacional do Banco Central da África Ocidental (BCEAO), Helena Nosoline Embaló.
A equipa do fundo encontra-se no país desde 14 do mês em curso com o objetivo de apreciar o projeto do orçamento para 2019 e debater com as autoridades nacionais a situação da evolução do setor financeiro. Durante a sua estada, reuniu-se com as diferentes entidades, nomeadamente, o Presidente da República, o presidente do Tribunal de Contas, o Governo, o Procurador-Geral da República e os representantes do setor privado.
Em conferência de imprensa, o chefe da missão do FMI disse que a economia da Guiné-Bissau esteve sob pressão em 2018, tendo a atividade económica padecido de menos produção e irregularidade do preço da castanha de caju. Acrescentou ainda que “as exportações de caju caíram em cerca de 25 por cento e estima-se que o crescimento do PIB real tenha caído para 3,8 por cento em 2018, por oposição aos cerca de 6 por cento ao ano durante 2015-2017”.
“Menos crescimento e cobrança de receitas levaram ao incumprimento de metas orçamentais, estimando-se nomeadamente que numa base de compromisso, o défice tenha aumentado para cerca de 5 por cento do PIB, contra uma meta de 5,5 por cento do PIB”, notou para de seguida saudar o impulso de reforço das finanças públicas. Contudo, sustentou que a consecução das metas previstas carecerá de uma apertada disciplina orçamental e esforço adicional em algumas áreas.
Sobre a situação da Empresa de Água e Electricidade da Guiné-Bissau (EAGB), Tobias Rasmussen assegurou que a EAGB, empresa pública tem vindo há muito a onerar as finanças públicas e que provavelmente carecerá de ulteriores transferências para cobrir o passivo acumulado, pelo que aconselhou o executivo guineense a identificar poupanças compensatórias e concluir a reforma em curso naquela empresa.
“A preservação de um ambiente propício à atividade do setor privado apoiaria uma retoma do crescimento económico em 2019. Será crítico assegurar uma campanha de comercialização de caju transparente e concorrencial, começando pelo anúncio de um preço de referência consistente com a evolução dos preços internacionais”, aconselhou o chefe de missão, que entretanto, asseverou que a instituição que representa continua empenhada em apoiar uma boa governação económica na Guiné-Bissau.
Salienta-se que a missão não concluiu neste momento as discussões relacionadas com a sexta avaliação da facilidade de Crédito Alargado (FCA), mas espera regressar a Bissau assim que possível, após as eleições legislativas, para conversações com o novo governo.
//O Democrata

1 comentário:

  1. Esperar uma melhor campanha da castanha de caju na Guiné-Bissau para ano 2019, vai ser difícil de prever neste momento, devido várias razões, tais como do índole politico, quer das pragas de gafanhotos verdes no norte do país que já destoiem, não só folhas mas também as flores das mangueiras.

    É o urgente a intervenção dos serviços de proteção vegetal para identificar o nível de evolução daquela praga agrícola, quanto antes, para evitar o pior que possa acontecer nesse sector que assegura a economia nacional.

    Quanto a política que todos saibam que na economia do mercado,o Estado o qualquer titular do cargo político não tem de emiscuir no assunto de venda ou compra de produtos, mas sim garantir a segurança aos operadores económicos e controle de imposto.

    Só assim é que se possa esperar melhores resultados para a próxima campanha da castanha de caju.

    ResponderEliminar