NOTICIAS AO MINUTO: PR DIZ QUE SÓ VISITARÁ GUINÉBISSAU SE NÃO HOUVER OBJEÇÕES DOS POLÍTICOS GUINEENSES

O Presidente da República de Cabo Verde admitiu poder vir a visitar brevemente a GuinéBissau, na qualidade de presidente em exercício da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), após terem sido realizadas consultas internas que não excluíram os partidos políticos guineenses. No entanto, Jorge Carlos Fonseca disse que a visita só será realizada se não houver objeções por parte dos principais protagonistas políticos guineenses. “Há uns dias, de acordo com algumas consultas que z, e na qualidade de presidente em exercício da CPLP, ponderei fazer uma visita à Guiné-Bissau para, no terreno, ver como está a decorrer o processo eleitoral”, declarou à imprensa esta terça-feira, 22 de janeiro, acrescentando que só fará a visita se chegar à conclusão de que a sua deslocação a este país ajudará o processo das eleições legislativas, marcadas para 10 de março. 

As declarações foram feitas à margem da cerimónia de cumprimentos do ano novo da sociedade civil, nomeadamente as ordens prossionais, as Aldeias SOS e a Plataforma das Comunidades Africanas em Cabo Verde. “A minha ida, digamos, é uma ida que pretende ajudar. Portanto, só tem sentido se não houver objeções por parte dos principais protagonistas políticos e eleitorais da Guiné-Bissau”, reforçou. O Chefe de Estado realçou que uma eventual deslocação ao país deve-se a uma “ponderação” no sentido de procurar “ser útil, não na qualidade de Presidente de Cabo Verde, em particular, mas como presidente em exercício da CPLP”, e de ajudar a que se crie um “ambiente propício” para que haja “eleições tranquilas e transparentes”. 

Quando questionado se esta eventual visita não será interpretada como uma espécie de ajuda ao seu homólogo guineense José Mário Vaz, respondeu: “não tenho esses sinais. É por isso que estou a fazer as consultas também externas”. “Tenho relações normais e boas com os principais protagonistas políticos da Guiné-Bissau”, sublinhou, ainda que compreenda que num contexto de “competição política possam surgir alguns ruídos e preocupações”. 

O governante garantiu que não tomou uma decisão denitiva sobre a referida visita, pelo que são necessárias “algumas consultas”para dispor de todos os elementos que ajudem a apurar se a sua deslocação irá contribuirá para que o processo eleitoral decorra da melhor maneira possível. “Dentro de poucos dias terei elementos e condições para uma decisão denitiva”, disse, lembrando que a Guiné-Bissau precisa de tranquilidade para que os seus cidadãos beneciem do progresso a que têm direito.