No liceu nacional Kwame N'Krumah, os professores estavam presentes, mas poucos foram os que conseguiram reunir alunos para dar aulas.
Em seis salas de aulas visitadas pela Lusa, apenas numa um professor lecionava para cerca de 10 alunos.
"A greve foi desconvocada ontem [terça-feira] pelos três sindicatos. Hoje de manhã estávamos a pensar que os alunos vinham em grande número, mas não, e os professores estão a mostrar claramente que estão a respeitar a opinião dos seus sindicatos, mas os alunos não", disse o diretor do liceu Kwame N'Krumah, João Imbalá.
Segundo o também professor, já foram perdidos três meses de aulas e é preciso os encarregados de educação enviarem os alunos para as escolas.
"No dia 03 de janeiro começámos a marcar faltas aos professores e também demos instrução aos professores para começarem a marcar faltas aos alunos", salientou.
João Imbalá disse também que, se ao fim de duas semanas os alunos não comparecerem na escola, vai considerar que desistiram.
No liceu Agostinho Neto, o cenário não era muito diferente.
Apesar de haver mais professores a darem aulas, os alunos também não apareceram em grande quantidade na escola.
"Hoje temos uma casa mais bem composta, mas ainda não estão o total dos alunos. Esperamos que com o regresso dos professores, os alunos compareçam e as aulas voltem à normalidade", disse o diretor do liceu Agostinho Neto, Samuel Mango.
Segundo Samuel Mango, a escola está a marcar faltas aos alunos e professores que não estão a comparecer nas aulas.
"Quero demonstrar a minha indignação com os pais e encarregados de educação. Sabemos que as aulas começaram e a preocupação de qualquer pai e encarregado de educação é enviar o seu filho à escola", disse.
Sapo
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