A Diretora Nacional do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO), Helena Nosolini Embaló, revelou esta quinta-feira 07 de fevereiro de 2019 que as contas externas da Guiné-Bissau referentes ao ano 2017 foram marcadas por um contexto caracterizado pelo ligeiro crescimento da economia mundial, sendo que no plano sub-regional, foi registado um bom desempenho da economia da UEMOA.
Helena Nosolini Embaló falava na sessão da difusão das contas externas da Guiné-Bissau do ano 2017, organizado pelo BCEAO num dos hotéis da capital. Na ocasião, Embaló informou que no plano nacional o país beneficiou do aumento acentuado dos preços da castanha de caju, principal produto de exportação. Adiantou ainda que o ritmo do crescimento real do Produto Interno Bruto abrandou para situar-se em 5,9 por cento em 2017, contra 6,3 por cento registados em 2016.
No que respeita as transações econômicas entre a Guiné-Bissau e o resto do mundo em 2017, aquela responsável do Banco Central assegurou que o saldo global da balança de pagamentos manteve-se excedentário, embora tenha sofrido uma diminuição em consequência da baixa do saldo das transações correntes e das saídas liquidas registadas na conta financeira, atenuada pela entrada considerável das transferências de capitais para apoio aos projetos.
“Gostaria de realçar que em 2017, o país registou uma taxa de crescimento do PIB real na ordem de 6,0 por cento em decorrência do elevado preço à exportação da castanha de caju que teve um impacto positivo no rendimento dos agricultores e nas contas externas do país”, realçou Helena Embaló.
Por seu lado, o Secretário de Estado do Tesouro, Suleimane Seide, explicou que em 2017, o saldo da conta de transações correntes reduziu-se substancialmente, situando-se em 2,3 mil milhões de fcfa, contra 10,0 mil milhões em 2016. Aquele governante sublinhou que esta vulnerabilidade estrutural da nossa economia se coloca dois desafios essenciais para responder.
“o primeiro desafio é o da diversificação que está intrinsecamente ligado à sustentabilidade da nossa economia de exportação, porque o país não pode continuar a depender completamente da exportação de um único produto que alegoricamente pode ser visto como “pôr os ovos na mesma cesta”. Segundo desafio seria de garantir de forma clara e inequívoca o funcionamento das regras de economia de mercado e concorrencial, em diferentes fileiras de produtos estratégicos em que o país se propõe especializar-se e ter vantagem comparativa”, realçou Seide.
//O Democrata
0 comentários:
Enviar um comentário