Conseguir uma medalha olímpica é uma das maiores glórias que o
esportista pode alcançar na carreira. Honraria conquistada por um grupo
seleto de atletas, realizados em subir ao pódio com a bandeira da nação
que representa. Ao todo, 144 países já estiveram representados pelo
menos uma vez na cerimônia de premiação, enquanto 80 ainda não
saborearam esse momento sublime do esporte, após 31 edições dos Jogos de
Verão. E este ano, no Rio de Janeiro, três pequenas nações podem
realizar o sonho de, enfim, sair desta fila de espera: Guiné-Bissau,
Fiji e Santa Lúcia.
Pernambucana com sangue guineense
IJF Media
Taciana está entre as dez melhores na categoria ligeiro
Taciana Lima-Baldé nasceu em terras pernambucanas, mais precisamente no
município de Olinda. Criada pela mãe e um padrasto, a olindense
descobriu que seu pai era da Guiné-Bissau, nação situada na costa leste
africana. Encontrou-o pela internet e, após cinco anos mantendo contato,
pai e filha finalmente se viram pela primeira vez.
A aproximação fez com que ela optasse pela cidadania guineense, quando
começou a praticar o judô, esporte tradicional no Brasil mas que, na sua
nação, não é comum. Hoje ela figura entre as dez melhores na categoria
ligeiro (até 48kg), sendo uma grande chance de uma medalha inédita para
Guiné-Bissau. A atual campeã africana é um dos talentos do judô
brasileiro que foram exportados.
No último grande torneio disputado antes das Olimpíadas, a atleta
conseguiu a medalha de bronze, no Gran Prix de Budapeste, realizado em
junho deste ano. Ela ficou atrás da japonesa Hiromi Endo, grande
favorita ao ouro. Apesar disso, a evolução da judoca de 32 anos é
visível, contando com o 3ª lugar nos Jogos Pan-Americanos de Toronto.
Por isso, a guineense se credencia como candidata a chegar nas
semifinais de sua categoria, em agosto.
Chance de ouro para os "Fijianos Voadores"
World Rugby/Divulgação
Fiji obteve bons resultados nas últimas competiçoes
Esta é, literalmente, uma chance de ouro para Fiji. Com o esporte mais
popular do país - o rugby - entrando no programa olímpico, a
possibilidade de a nação conquistar sua primeira medalha na história é
alta. A expectativa surge pelo desempenho da seleção no Circuito Mundial
da modalidade de sevens. Realizado a cada ano, o torneio teve os
"Flying Fijians" - ou "Fijianos Voadores", como são conhecidos - como
vencedores nas últimas duas temporadas.
Por isso chegam ao torneio olímpico, disputado pela primeira vez desde
1924, com as maiores chances. Mesmo com as ameaças dos tradicionais "All
Blacks", da Nova Zelândia, e dos "Blitzboks", da África do Sul, é
bastante improvável que os fijianos saiam desta Olimpíada sem ter sequer
uma medalha de bronze.
Um salto para alcançar a glória
IAAF/Divulgação
Spencer tem boas chances de garimpar um bronze
A pequena Ilha de Santa Lúcia, no Caribe, também poderá ter um momento
inédito por meio do atletismo. Em um país que tem o críquete como
principal esporte, é no salto em altura que a maior glória da nação pode
vir. A saltadora Levern Spencer, de 32 anos, pode garimpar um bronze na
disputa na Rio-2016.
Experiente, ela já disputou os jogos de Londres, em 2012, quando
terminou na 19ª colocação, com a marca de 1,90m. De lá para cá, o
desempenho da atleta melhorou, inclusive com uma medalha de ouro nos
Jogos Pan-Americanos de Toronto, em 2015, quando alcançou 1,94m, altura
que a colocaria perto do terceiro lugar em 2012.
Neste ano, Levern alcançou a quinta posição no Mundial Indoor, realizado
nos Estados Unidos, em Março. Esta melhoria no desempenho da saltadora
olímpica a credencia como potencial detentora da medalha de bronze,
visto que também não terá a concorrência do atletismo russo, fora das
Olimpíadas por conta de doping.
0 comentários:
Enviar um comentário