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domingo, 24 de julho de 2016

A GUINÉ-BISSAU PODERÁ GANHAR UMA MEDALHA OLIMPICA NOS JOGOS OLIMPICOS

Conseguir uma medalha olímpica é uma das maiores glórias que o esportista pode alcançar na carreira. Honraria conquistada por um grupo seleto de atletas, realizados em subir ao pódio com a bandeira da nação que representa. Ao todo, 144 países já estiveram representados pelo menos uma vez na cerimônia de premiação, enquanto 80 ainda não saborearam esse momento sublime do esporte, após 31 edições dos Jogos de Verão. E este ano, no Rio de Janeiro, três pequenas nações podem realizar o sonho de, enfim, sair desta fila de espera: Guiné-Bissau, Fiji e Santa Lúcia.
Pernambucana com sangue guineense
IJF Media
Taciana está entre as dez melhores na categoria ligeiro
Taciana Lima-Baldé nasceu em terras pernambucanas, mais precisamente no município de Olinda. Criada pela mãe e um padrasto, a olindense descobriu que seu pai era da Guiné-Bissau, nação situada na costa leste africana. Encontrou-o pela internet e, após cinco anos mantendo contato, pai e filha finalmente se viram pela primeira vez. A aproximação fez com que ela optasse pela cidadania guineense, quando começou a praticar o judô, esporte tradicional no Brasil mas que, na sua nação, não é comum. Hoje ela figura entre as dez melhores na categoria ligeiro (até 48kg), sendo uma grande chance de uma medalha inédita para Guiné-Bissau. A atual campeã africana é um dos talentos do judô brasileiro que foram exportados.
No último grande torneio disputado antes das Olimpíadas, a atleta conseguiu a medalha de bronze, no Gran Prix de Budapeste, realizado em junho deste ano. Ela ficou atrás da japonesa Hiromi Endo, grande favorita ao ouro. Apesar disso, a evolução da judoca de 32 anos é visível, contando com o 3ª lugar nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Por isso, a guineense se credencia como candidata a chegar nas semifinais de sua categoria, em agosto.
Chance de ouro para os "Fijianos Voadores"
World Rugby/Divulgação
Fiji obteve bons resultados nas últimas competiçoes
Esta é, literalmente, uma chance de ouro para Fiji. Com o esporte mais popular do país - o rugby - entrando no programa olímpico, a possibilidade de a nação conquistar sua primeira medalha na história é alta. A expectativa surge pelo desempenho da seleção no Circuito Mundial da modalidade de sevens. Realizado a cada ano, o torneio teve os "Flying Fijians" - ou "Fijianos Voadores", como são conhecidos - como vencedores nas últimas duas temporadas. Por isso chegam ao torneio olímpico, disputado pela primeira vez desde 1924, com as maiores chances. Mesmo com as ameaças dos tradicionais "All Blacks", da Nova Zelândia, e dos "Blitzboks", da África do Sul, é bastante improvável que os fijianos saiam desta Olimpíada sem ter sequer uma medalha de bronze.
Um salto para alcançar a glória
IAAF/Divulgação
Spencer tem boas chances de garimpar um bronze
A pequena Ilha de Santa Lúcia, no Caribe, também poderá ter um momento inédito por meio do atletismo. Em um país que tem o críquete como principal esporte, é no salto em altura que a maior glória da nação pode vir. A saltadora Levern Spencer, de 32 anos, pode garimpar um bronze na disputa na Rio-2016. Experiente, ela já disputou os jogos de Londres, em 2012, quando terminou na 19ª colocação, com a marca de 1,90m. De lá para cá, o desempenho da atleta melhorou, inclusive com uma medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em 2015, quando alcançou 1,94m, altura que a colocaria perto do terceiro lugar em 2012.
Neste ano, Levern alcançou a quinta posição no Mundial Indoor, realizado nos Estados Unidos, em Março. Esta melhoria no desempenho da saltadora olímpica a credencia como potencial detentora da medalha de bronze, visto que também não terá a concorrência do atletismo russo, fora das Olimpíadas por conta de doping.

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