Baciro Djá é um dos homens politicos mais irreverentes na
Guiné-Bissau. Nasceu em 31 de Janeiro de 1973 no Senegal
mais concretamente em Zuiguinchor e veio muito cedo para
Bula onde residiu durante a sua infância antes de vir para
Bissau para estudar. Cedo fez amizade com o filho do Ex-
Presidente da República Malam Bacai Sanhá mais conhecido
por Bacaissinho e aí Baciro passou a frequentar a casa deste,
e ao passar dos anos tornou-se também um filho da casa tendo
quase os mesmos direitos que o filho biológico segundo a
tradição africana.
Sendo filho de casa, encostou-se ao filho biológico e quando
este conseguiu uma bolsa de estudo para Havana ele tambem
pediu ao ex-Presidente para que lhe arranjasse uma bolsa
de estudo para ir também estudar a Cuba. Um ano depois
de Bacaissinho ter ido ele felizmente conseguiu a bolsa de
estudo e foi para Havana Cuba.
Já em Havana, e com alguma dificuldade conseguiu fazer um curso superior
de psicologia apesar haver colegas que indicam que tenha ficado apenas pelo
curso médio. Em 1998, na altura da guerra civil foi para Lisboa, Portugal onde
ficou dois anos em vários trabalhos precários incluindo de vidente aquilo que
nós chamamos tradicionalmente de Bota Sorte/Murundade o que lhe rendeu
algum dinheiro para depois emigrar para França. Viveu dois anos em França
tendo vivido nos arredores de Saint Dennis. Em Paris continuou com os
trabalhos de Bota Sorte/Murundade e como já tinha base em psicologia
tentou-se increver num curso de curta duração em psicopatologia para
conseguir compreender os seus clientes. Não conseguiu se inscrever no
curso porque não atingiu os minimos para se inscrever num curso leccionado
100% em francês. Portanto os dois anos que passou em França foi dedicado
100% nos trabalhos de murundade e tinha como clientes os cidadãos da
America latina residentes em Paris, nomeadamente, cubanos, peruanos,
chilenos, argentinos, venezuelanos, etc.
Em 2002 regressou definitivamente a Bissau como um quadro e entrou
no PAIGC reclamando ser filho de antigo combatente para com isso poder
ser admitido nas estruturas do seu partido. Com cunhas do Ex- Presidente
Malam Bacai Sanhá, Djá conseguiu chegar a Presidente do Instituto de
Defesa Nacional um projecto financiado pela União Europeia e aí teve
alguns problemas de gestão. Já em 2008 apresentou-se como candidato a
liderança do PAIGC tendo ficado em 4 lugar num universo de 5 candidatos.
Em 2008 o PAIGC ganhou as eleições e Djá foi nomeado Ministro da
Juventude Cultura de Desportos. A sua passagem pelos desportos foi um
pouco controversa tendo o seu nome sido envolvido em muitas situações
não tão claras de atribuição de vistos a grupos de jovens a troco de dinheiro,
uma espécie de promoção de emigração ilegal. Desentendeu-se com o então
Primeiro Ministro Carlos Gomes Júnior (CADOGO) e um ano de convivência
este pôs-lhe fora do governo na primeira remodelação governamental. Cadogo
passou a ganhar logo um inimigo dentro do partido tendo-lhe feito guerra com
unhas e dentes.
Depois de tanta guerra ao Cadogo, Djá conseguiu convencer o então
Presidente Malam Bacai Sanhá para o nomear em 2011, Ministro da
Defesa Nacional. Apesar de ter sido contra a vontade de Cadogo, Djá voltou
ao governo de Cadogo como Ministro da Defesa Nacional depois de ter sido
demitido dois anos antes continuando num tom de desafio. Com a morte súbita
de Bacai Sanhá em Janeiro de 2012, Djá candidatou-se a Presidente da República
contra as orientações do seu partido que tinha escolhido Carlos Gomes Júnior
como candidato. Uma vez mais, Djá fez frente ao seu partido mas devido a confusão
que reinava no país deu-se o golpe de estado de 12 de Abril que levou Manuel
Serifo Nhamadjo a Presidente da República.
Em 2014, Baciro Djá cheirando onde é que o poder iria cair dentro do PAIGC
decidiu encostar-se a Domingos Simões Pereira não obstante o seu amigo
e quase "irmão", mas naquele momento decisivo da luta ser adversário
Braima Camará, ter mais dinheiro devido ao uso indescriminado do dinheiro
do FUNPI. Domingos Simões Pereira ganhou as eleições no PAIGC e segundo
consta no momento da partilha do poder Baciro Djá fez tanta confusão em
Cachéu que o lugar de IIIº Vice-Presidente que era destinado a Cipriano
Cassamá passou directamente para ele. Cipriano Cassamá foi compensado
com o lugar de Presidente da Assembleia Nacional Popular.
Assim que o PAIGC ganhou as eleições Djá naturalmente surgiu como o 2º
homem do governo na pasta de Ministro da Presidência do Conselho de
Ministros e de Assuntos Parlamentares apesar de ter lutado pela pasta
de Ministro de Negócios Estrangeiros. Contudo, apesar de ter pressionado
desta vez, consta que Domingos Simões Pereira nem olhou para ele deixando
-lhe a liberdade de entrar ou não no governo. Qualquer observador atento
notará que na fotografia de familia do governo de Domingos ele estava ao
telefone com cara de chateado. Djá assumiu a pasta e começou a fazer guerra
ao Domingos desde o primeiro dia para que pudesse ascender ao seu lugar.
Djá trabalhou cedo o lugar de Primeiro Ministro, levantando suspeitas
junto ao Presidente José Mário Vaz sobre a governação do que ele fazia
parte, mas como não obteve o lugar que quis tinha que contribuir para o
derrube desse governo. A sorte de Djá foi ter encontrado um Presidente
da República que também tinha aversão ao seu Primeiro Ministro. E depois
de tanta minhoca na cabeça do Presidente este acabou por derrubar o
governo de Domingos Simões Pereira em Agosto de 2012. Em 20 de
Agosto de 2012 ele foi nomeado como Primeiro Ministro tendo sido
declarado inconstitucional 15 dias depois pelo Supremo Tribunal de Justiça.
Djá, voltou a reconstituir-se e a reorganizar as suas estratégias para
combater o seu próprio partido para que ele pudesse assumir novamente
o mesmo lugar de PM. Fez novas alianças com Braima Camará que estava
descontente com o partido e conseguiram convencer financeiramente 15
deputados para estarem do seu lado para criar mossa ao seu partido e ao
governo de Carlos Correia que estava em função. Com o evoluir das coisas
e da pressão que o grupo dos 15 mais o PRS fez ao Presidente, Djá voltou
assumir o lugar de Primeiro Ministro para desafiar todos aqueles que o
subestimaram.
Em conclusão, Baciro Djá, tem conseguido os seus intentos envenenando
aqui e acolá e feliz ou infelizmente tem ascendido na politica guineense.
Saiu de um simples trabalho de murundade em Lisboa/Paris para ser o
nosso Primeiro Ministro. Não posso deixar de não reconhecer o seu mérito
apesar de ter sido por caminhos tortos da intriga e da conspiração mas
num país como a Guiné-Bissau onde tudo é possivel Baciro Djá tem
sabido se posicionar. Bu mistil ou bu ca mistil o, problema i di kuma
i nô Primeiro Ministro e pa Deus dal vida ku saúde. O próximo passo
para ele agora é o de Presidente da República e acreditem que ele não
irá desistir até conseguir isso. Bô bata durmi som na Bissau pabia Baciro
ka tené nada di tulu.
Anónimo
Guiné-Bissau. Nasceu em 31 de Janeiro de 1973 no Senegal
mais concretamente em Zuiguinchor e veio muito cedo para
Bula onde residiu durante a sua infância antes de vir para
Bissau para estudar. Cedo fez amizade com o filho do Ex-
Presidente da República Malam Bacai Sanhá mais conhecido
por Bacaissinho e aí Baciro passou a frequentar a casa deste,
e ao passar dos anos tornou-se também um filho da casa tendo
quase os mesmos direitos que o filho biológico segundo a
tradição africana.
Sendo filho de casa, encostou-se ao filho biológico e quando
este conseguiu uma bolsa de estudo para Havana ele tambem
pediu ao ex-Presidente para que lhe arranjasse uma bolsa
de estudo para ir também estudar a Cuba. Um ano depois
de Bacaissinho ter ido ele felizmente conseguiu a bolsa de
estudo e foi para Havana Cuba.
Já em Havana, e com alguma dificuldade conseguiu fazer um curso superior
de psicologia apesar haver colegas que indicam que tenha ficado apenas pelo
curso médio. Em 1998, na altura da guerra civil foi para Lisboa, Portugal onde
ficou dois anos em vários trabalhos precários incluindo de vidente aquilo que
nós chamamos tradicionalmente de Bota Sorte/Murundade o que lhe rendeu
algum dinheiro para depois emigrar para França. Viveu dois anos em França
tendo vivido nos arredores de Saint Dennis. Em Paris continuou com os
trabalhos de Bota Sorte/Murundade e como já tinha base em psicologia
tentou-se increver num curso de curta duração em psicopatologia para
conseguir compreender os seus clientes. Não conseguiu se inscrever no
curso porque não atingiu os minimos para se inscrever num curso leccionado
100% em francês. Portanto os dois anos que passou em França foi dedicado
100% nos trabalhos de murundade e tinha como clientes os cidadãos da
America latina residentes em Paris, nomeadamente, cubanos, peruanos,
chilenos, argentinos, venezuelanos, etc.
Em 2002 regressou definitivamente a Bissau como um quadro e entrou
no PAIGC reclamando ser filho de antigo combatente para com isso poder
ser admitido nas estruturas do seu partido. Com cunhas do Ex- Presidente
Malam Bacai Sanhá, Djá conseguiu chegar a Presidente do Instituto de
Defesa Nacional um projecto financiado pela União Europeia e aí teve
alguns problemas de gestão. Já em 2008 apresentou-se como candidato a
liderança do PAIGC tendo ficado em 4 lugar num universo de 5 candidatos.
Em 2008 o PAIGC ganhou as eleições e Djá foi nomeado Ministro da
Juventude Cultura de Desportos. A sua passagem pelos desportos foi um
pouco controversa tendo o seu nome sido envolvido em muitas situações
não tão claras de atribuição de vistos a grupos de jovens a troco de dinheiro,
uma espécie de promoção de emigração ilegal. Desentendeu-se com o então
Primeiro Ministro Carlos Gomes Júnior (CADOGO) e um ano de convivência
este pôs-lhe fora do governo na primeira remodelação governamental. Cadogo
passou a ganhar logo um inimigo dentro do partido tendo-lhe feito guerra com
unhas e dentes.
Depois de tanta guerra ao Cadogo, Djá conseguiu convencer o então
Presidente Malam Bacai Sanhá para o nomear em 2011, Ministro da
Defesa Nacional. Apesar de ter sido contra a vontade de Cadogo, Djá voltou
ao governo de Cadogo como Ministro da Defesa Nacional depois de ter sido
demitido dois anos antes continuando num tom de desafio. Com a morte súbita
de Bacai Sanhá em Janeiro de 2012, Djá candidatou-se a Presidente da República
contra as orientações do seu partido que tinha escolhido Carlos Gomes Júnior
como candidato. Uma vez mais, Djá fez frente ao seu partido mas devido a confusão
que reinava no país deu-se o golpe de estado de 12 de Abril que levou Manuel
Serifo Nhamadjo a Presidente da República.
Em 2014, Baciro Djá cheirando onde é que o poder iria cair dentro do PAIGC
decidiu encostar-se a Domingos Simões Pereira não obstante o seu amigo
e quase "irmão", mas naquele momento decisivo da luta ser adversário
Braima Camará, ter mais dinheiro devido ao uso indescriminado do dinheiro
do FUNPI. Domingos Simões Pereira ganhou as eleições no PAIGC e segundo
consta no momento da partilha do poder Baciro Djá fez tanta confusão em
Cachéu que o lugar de IIIº Vice-Presidente que era destinado a Cipriano
Cassamá passou directamente para ele. Cipriano Cassamá foi compensado
com o lugar de Presidente da Assembleia Nacional Popular.
Assim que o PAIGC ganhou as eleições Djá naturalmente surgiu como o 2º
homem do governo na pasta de Ministro da Presidência do Conselho de
Ministros e de Assuntos Parlamentares apesar de ter lutado pela pasta
de Ministro de Negócios Estrangeiros. Contudo, apesar de ter pressionado
desta vez, consta que Domingos Simões Pereira nem olhou para ele deixando
-lhe a liberdade de entrar ou não no governo. Qualquer observador atento
notará que na fotografia de familia do governo de Domingos ele estava ao
telefone com cara de chateado. Djá assumiu a pasta e começou a fazer guerra
ao Domingos desde o primeiro dia para que pudesse ascender ao seu lugar.
Djá trabalhou cedo o lugar de Primeiro Ministro, levantando suspeitas
junto ao Presidente José Mário Vaz sobre a governação do que ele fazia
parte, mas como não obteve o lugar que quis tinha que contribuir para o
derrube desse governo. A sorte de Djá foi ter encontrado um Presidente
da República que também tinha aversão ao seu Primeiro Ministro. E depois
de tanta minhoca na cabeça do Presidente este acabou por derrubar o
governo de Domingos Simões Pereira em Agosto de 2012. Em 20 de
Agosto de 2012 ele foi nomeado como Primeiro Ministro tendo sido
declarado inconstitucional 15 dias depois pelo Supremo Tribunal de Justiça.
Djá, voltou a reconstituir-se e a reorganizar as suas estratégias para
combater o seu próprio partido para que ele pudesse assumir novamente
o mesmo lugar de PM. Fez novas alianças com Braima Camará que estava
descontente com o partido e conseguiram convencer financeiramente 15
deputados para estarem do seu lado para criar mossa ao seu partido e ao
governo de Carlos Correia que estava em função. Com o evoluir das coisas
e da pressão que o grupo dos 15 mais o PRS fez ao Presidente, Djá voltou
assumir o lugar de Primeiro Ministro para desafiar todos aqueles que o
subestimaram.
Em conclusão, Baciro Djá, tem conseguido os seus intentos envenenando
aqui e acolá e feliz ou infelizmente tem ascendido na politica guineense.
Saiu de um simples trabalho de murundade em Lisboa/Paris para ser o
nosso Primeiro Ministro. Não posso deixar de não reconhecer o seu mérito
apesar de ter sido por caminhos tortos da intriga e da conspiração mas
num país como a Guiné-Bissau onde tudo é possivel Baciro Djá tem
sabido se posicionar. Bu mistil ou bu ca mistil o, problema i di kuma
i nô Primeiro Ministro e pa Deus dal vida ku saúde. O próximo passo
para ele agora é o de Presidente da República e acreditem que ele não
irá desistir até conseguir isso. Bô bata durmi som na Bissau pabia Baciro
ka tené nada di tulu.
Anónimo
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