Fonte: Radio ONU
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FAO revela que 25 mil guineenses precisam de auxílio; mais de 56
milhões de vítimas em 17 países enfrentam crise alimentar ou estão em
situação de emergência; documento é apresentado ao Conselho de
Segurança.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Guiné-Bissau é um dos 17 países que estão na lista de nações onde o
conflito afetou de forma significativa a segurança alimentar.
Um informe divulgado esta sexta-feira, em Roma, revela que o país tem
25 mil pessoas que precisam urgentemente de auxílio alimentar,
nutricional e de meios de subsistência. O número equivale a 0,6% da
população guineense.
Preços Instáveis
O documento deve ser apresentado ao Conselho de Segurança após ter
sido preparado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e
Alimentação, FAO, e pelo Programa Mundial de Alimentação, PMA.
Na Guiné-Bissau, os efeitos combinados dos preços instáveis de
produção e ao produtor, as crises alimentares do Sahel em 2011 e 2012 e a
instabilidade política "desgastaram os meios das famílias vulneráveis
para enfrentar a situação" .
Os resultados foram a insegurança alimentar prolongada em vastas áreas do país e a persistência da desnutrição aguda.
Emergência
Mais de 56 milhões de pessoas são vítimas da crise de alimentos ou
enfrentam uma situação de emergência devido à insegurança alimentar nas
17 nações onde ocorrem conflitos.
No topo da lista está o Iémen, com 14 milhões de pessoas que passam
fome ou enfrentam emergência alimentar. O número corresponde a mais de
metade da população do país árabe.
A Síria tem 8,7 milhões de pessoas que precisam urgentemente de
assistência em alimentos, nutrição e meios de subsistência. O número
corresponde a 37% da população do período anterior ao conflito.
O estudo descreve ainda os cenários no Líbano, no Iraque e no Afeganistão em relação às regiões do Médio Oriente e da Ásia.
Em África, o destaque vai para o Sudão do Sul, onde a situação agrava
rapidamente e há pelo menos 4,8 milhões de pessoas que carecem
urgentemente de apoio. Trata-se de uma proporção de quatro em cada 10
sul-sudaneses.
A lista de países inclui os africanos Burundi, República
Centro-Africana, República Democrática do Congo, Libéria, Mali, Somália,
Sudão e Cote d'Ivoire, também conhecida como Costa do Marfim.
A nota cita a crise na Bacia do Lago Chade que afeta a Nigéria, o
Níger, o Chade e os Camarões devido à violência associada às milícias
islamitas Boko Haram. O número de deslocados triplicou nos últimos dois
anos e foi acompanhado pelo aumento dos níveis de fome e desnutrição.
O Haiti e a Colômbia são as nações da América Latina e Caraíbas com as situações descritas no documento.
sábado, 30 de julho de 2016
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