A
atual crise institucional prova que chegamos a limite do nosso
sistema politico, economico e social.
As
negociações entre PAIGC e PRS demostram que nesses dois partidos
são as mesma pessoas que fazem politica hà mais de um quarto de
século sem propor soluções crediveis para os Guineenses.
Com
uma economia desastrosa, com violações constantes e graves dos
direitos humanos, com a incapacidade de respeitar a nossa
constituição e com o agravante de não estar em medida de dar vida
melhores aos Guineenses, é urgente rever os fundamentos do nosso
contrato social.
Ao
respeito da nossa classe politica é obvio que muitos dirigentes,
quer do PAIGC, quer do PRS devem ir para museu da politica. São os
mesmos nos ambos partidos que detêm a Guiné refem por causa de
ambições pessoas desmididas e que querem continuar a tudo custo
aproveitar dos fracos recursos da Guiné.
E
urgente renovar a classe politica com pessoas que deram uma prova
tecnicas, que não precisam do Estado para viver, que têem alem de
formação academica, uma cultura governativa elevada e que sejam
autonomos financeiramente.
Renovar
o pessoal politico é favorecer candidatura a cargo de
responsabilidade de pessoas como Paulo Gomes, Carlos Pinto Lopes,
Domingos Simões Perreira, Nelson Dias, Emilio Kafft Kosta, Peter
Karibe, Mariama Djassi, Neula Embalo, Alberto Na Mona, Francisco
Djata..., quadros guineenses que fazem autoridade nas suas
respectivas atividades professionais. Isso para dizer que a educação
e a cultura devem ser o motor do elevador social.
Quem
não resolveu seu problema vitais basicos, não pode resolver os dos
outros. Kriol conta « kim ku djunguto, ka ta pembim ».
Quando
falo de renovaçao do pessoal politico, falo de renovaçao
qualitativa e não de lixaria, como estamos a ver e vivê-lo em
Bissau.
E
tambem imperativo, renovar o nosso sistema politico passando de um
sistema semi-presidencial « conflictogenio » a um sistema
presidencial onde as regras seriam bem definidas, sem que o aparelho
do Estado sirva para ajustos de conta das alas derrotadas nos
congressos do Partidos politicos vencedores das eleições.
Na
realidade o maior desafio para o nosso País é o da modernidade,
quer institucional, quer politico, quer economico, quer social, quer
da mentalidade.
Afonso S.