Bissau, 26 Ago. - Os dois principais partidos no parlamento da Guiné-Bissau analisam hoje cenários para “saída da crise” que assola o país com uma agenda definida.
Fontes dos dois partidos indicaram à Lusa, que nessas rondas negociais estarão em análise, entre outros pontos, a possibilidade de ser criado um Governo de consenso e de incidência parlamentar.
De acordo com as mesmas fontes hoje a tarde uma delegação negocial do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) desloca-se à sede do Partido da Renovação Social (PRS) e na terça-feira próxima será a vez de o PAIGC receber na sua sede, o PRS.
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O PAIGC venceu as últimas eleições legislativas na Guiné-Bissau, obtendo 57 mandatos no Parlamento, mas passa por uma crise interna com 15 dos deputados a serem excluídos da sua bancada.
A crise interna levou a que o partido esteja neste momento arredado do poder, tendo sido substituído pelo PRS, que conta com 41 mandatos no Parlamento, os quais associou os 15 deputados expulsos do PAIGC, para reclamar uma nova maioria no hemiciclo.
Em nome do PAIGC, Manuel dos Santos disse que o encontro marca a retoma das conversações entre os dois partidos desavindos há mais de um ano, e servirá para a procura de soluções com vista a viabilizar o país.
“Vamos discutir os assuntos candentes do país”, sublinhou Manuel dos Santos, antigo ministro e veterano da luta pela independência da Guiné e Cabo Verde.
Por seu turno em nome do PRS, Carlitos Barai, afirmou que o seu partido respondeu a um convite formulado pelo PAIGC “como mandam as regras de uma boa convivência" entre forcas políticas.
O deputado destacou que o seu partido recebeu do PAIGC uma proposta contendo três cenários para a saída da crise, os quais não quis revelar, adiantando que irão ser analisados pelos órgãos internos do PRS,teno frisado que, ainda é cedo para falar em qualquer entendimento entre as partes .
ANG/GUINENDADE
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