Os juízes que votaram pela inconstitucionalidade da nomeação consideram
que já não há condições morais para continuarem a trabalhar neste STJ
tal como está. Recorde-se que depois do Acordão nº1 em setembro de
2015,o Presidente da República preencheu automáticamente as vagas
dos juízes conselheiros em falta no STJ perfazendo assim onze juízes.
Nesse sentido nomeou o Juiz Conselheiro Ladislau Embassa, Juca Armando
Nancassa e Armindo Marques Vieira desequilibrando assim a força que
ele tinha no STJ.
Consta que estes juízes tem um compromisso moral com o Presidente da
República e por isso nunca iriam contra ele. Segundo as normas do país o
Presidente pode nomear os juízes do STJ mas não os pode exonerar e ontem
votaram 10 porque o Fernando Jorge Ribeiro encontra-se doente em Lisboa
e não pode participar na votação. O próximo Presidente do Supremo Tribunal
de Justiça poderá ser Seido Baldé depois de lutar para a confirmação do seu
familiar Baciro Djá como Primeiro Ministro. Infelizmente o Presidente da
República não se apercebeu ainda de que o país está a entrar no caminho da
tribalização o que torna as coisas mais complicadas por ser um caminho
muito perigoso.
É de lamentar que a única agenda do Presidente da República seja da
destruição politica do Presidente do PAIGC enquanto outras forças muito
mais perigosas do a que ele está lutar estejam a emergir. Infelizmente o
Presidente da República não compreendeu ainda que quando ele acordar
deste sono profundo já poderá ser tarde mesmo para ele. Deve se trabalhar
para evitar que essas forças tomem conta do país porque os danos que
causariam para a própria laicidade do nosso Estado seria catastrófico.
Será necessário muita ponderação e sangue frio para a resolução destes
fenómenos que estão a emergir e que estão próximos da Jihad, do
terrorismo, do narcotráfico e de outros crimes organizados.
sábado, 16 de julho de 2016
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» CRISE NA JUSTIÇA: CONFIRMA-SE QUE OS TRÊS JUÍZES, PAULO SANHÁ, RUI NENE, OSIRIS FERREIRA PONDERAM DEMITIR-SE POR FALTA DE CREDIBILIDADE DO STJ
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