Fonte: A bola
Pela primeira vez desde que se instalaram na Guiné Bissau, dedicando-se
em exclusivo à pediatria, a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF)
preparou uma campanha preventiva para tentar minimizar o impacto de
aumento significativa dos casos de malária que se costumam registar
entre Agosto e Novembro, informou Jana Brandt, coordenadora da
organização no país nos últimos nove meses, à publicação dos MSF.
«O
ano passado, os casos de malária triplicaram nesse período. Este ano,
aumentámos a capacidade de resposta com uma unidade com trinta camas em
Batafa, a noroeste do país, e reforço dos meios, além da implementação
de uma campanha de prevenção. Vamos estar a acompanhar cerca de 25 mil
crianças da região», disse.
Os Médicos Sem Fronteiras estão
também a prestar auxílio no Hospital Central de Bissau, onde também se
reforçou a capacidade de resposta ao surto de malária. Mas há problemas.
«Gritante falta de pessoal e equipamentos - chegamos a ter um só médico
para 160 camas - pessoal médico com baixo nível de conhecimento técnico
e... a corrupção», declarou Jana Brandt.
Muito trabalho não anula sentimento de impotência
«Os
casos que recebemos em Bissau são os extremos, os mais difíceis de
enfrentar. Para mais, as famílias continuam a apostar nas medicinas e
terapias tradicionais e muitas crianças já chegam tarde ao hospital. É
frustrante perceber que muitas se salvariam se chegassem mais cedo aos
nossos cuidados. Em janeiro, a taxa de mortalidade das crianças que
entraram nos nossos serviços foi de 75 por cento. Um absurdo,
inconcebível. Em seis meses de trabalho conseguimos baixar para 38 por
cento, mas continua a ser um número inadmissível, astronómico»,
protestou Jana Brandt.
A «instabilidade política e constantes mudanças de Governo também não ajudam a uma política de saúde estável e com meios.
Os Médicos Sem Fronteiros têm 200 técnicos de saúde espalhados pela Guiné Bissau em auxílio a todas as áreas pediátricas.
segunda-feira, 1 de agosto de 2016
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